Portugal e Angola têm em mãos um novo “irritante” judicial nas relações bilaterais: de acordo com o ‘Jornal de Negócios’, os bens de Isabel dos Santos arrestados em Portugal continuam sem chegar a Luanda para compensar o que se considera serem os prejuízos causados pela empresária ao Estado.
Isabel dos Santos, cujo arresto das suas contas tem atrasado o processo da venda, onde detém 42,5% do capital assinou o contrato no Dubai. Negócio aguarda agora ‘luz verde’ do Banco Central (BCE).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) está com dificuldade em concluir o processo-crime contra a empresária Isabel dos Santos, filha do Ex-presidente José Eduardo dos Santos, acusada em vários crimes durante a sua gestão na petrolífera Sonangol.
A Cedesa, entidade que estuda assuntos de Angola, diz que o Dubai não está a cumprir as "obrigações legais internacionais" relativamente ao mandado de prisão da angolana Isabel dos Santos e admite hipótese de proteção "a troco de avultados investimentos".
Os Emirados Árabes Unidos são membros da Interpol desde 1973 e ainda assim não cumprem a “red notice” contra a empresária angolana. Há duas hipóteses, uma contestação e um afastamento político, que ajudam a explicar a situação.