Ricardo Soares de Oliveira, professor catedrático de Ciência Política na universidade Sciences Po, em França, e investigador sénior na Universidade de Oxford, onde é co-director do programa de governação africana, e autor do livro Magnifica e Miserável: Angola desde a Guerra Civil (Tinta-da-China) esteve em Junho em Angola e deixou o país com a convicção de que as estratégias de diversificação económica não foram bem-sucedidas e "um dia destes", em Angola, "não haverá dinheiro para alimentar as massas críticas do regime", que estão "alienadas" e "zangadas"
O Presidente da República, João Lourenço, afirmou que o principal legado do seu mandato será a consolidação da reconciliação nacional e o aprofundamento das políticas sociais que têm transformado o quotidiano das populações.
No quadro dos festejos dos 50 anos de independência nacional, o Presidente da República, João Lourenço, concedeu uma entrevista ao canal português CNN, exibida ontem, em que abordou a conjuntura internacional, os conflitos em África, a relação Angola – Portugal e com os demais países, sem deixar de passar em revista a questão das autarquias locais, assim como a sucessão presidencial, que, por força da Constituição da República, está obrigado a já não concorrer à sua própria sucessão, terminando assim o seu segundo e último mandato em 2027.
Antes da visita oficial a Portugal, marcada para breve, num ano simbólico em que Angola assinala 50 anos de independência, João Lourenço abordou aspetos da relação entre os dois Estados numa entrevista exclusiva à CNN Portugal.
Transcrição da entrevista de Maria Luisa Abrantes concedida ao jornalista da RTP África, Victor Hugo Mendes.