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Quinta, 09 Abril 2015 08:53

Africano do Sul pede apoio a Angola para ajudar marinheiros em barco retido

O Governo sul-africano está a interceder junto das autoridades angolanas para apoiar a tripulação, maioritariamente daquele país, que permanece há três semanas numa embarcação de pesca retida no porto do Lobito devido a um diferendo envolvendo o armador.

Confinada à embarcação, a tripulação tem vindo a alimentar-se de farinha de milho e a beber água da chuva, com fontes do Governo da África do Sul, citadas hoje na imprensa daquele país, a confirmarem contactos com as autoridades angolanas, tentando que seja prestado apoio a estes elementos.

A situação afeta o comandante da embarcação, entretanto internado num hospital local devido a um acidente vascular cerebral, e outros quatro marinheiros de nacionalidade sul-africana, juntamente com um ganês e um queniano.

Num caso que tem merecido interesse crescente, nas últimas horas, na comunicação social da África do Sul, fontes daquele Governo reconhecem que o diferendo com o armador do Bluegate, entre outros problemas, envolve o pagamento de taxas devidas ao Estado angolano.

A Lusa já tentou esta semana recolher uma posição sobre a situação destes marinheiros junto das autoridades locais, na província de Benguela, nomeadamente sobre o tipo de ajuda poderá ser prestada pelo Estado angolano, mas sem sucesso.

Com base nos testemunhos dos familiares dos marinheiros, o Bluegate partiu a 02 de março da África do Sul. Tinha como destino o porto de Lagos, na Nigéria, onde deveria ter chegado no passado dia 23, embora a tripulação tenha alertado o armador, nigeriano, para a insuficiência de mantimentos e combustíveis.

Seguiu-se uma tentativa, frustrada, para abastecer na Namíbia acabando o comandante do barco por desviar o rumo para o porto do Lobito, devido à falta de combustível para continuar a viagem.

Gorada foi também a possibilidade de reabastecimento, em Angola, devido ao desentendimento entre o fornecedor angolano e o armador, pelo que os sete marinheiros ficaram sem qualquer apoio e sem poderem sair do barco, face à falta de autorização legal.

LUSA