"A relação entre Angola e Portugal deve evoluir num bom sentido. É verdade que alguma imprensa nem sempre nos ajudou nesse sentido, mas tenho a certeza que a vontade do Governo português como também do Governo de Angola é de trabalharmos no bom sentido de consolidarmos as nossas relações", disse Georges Chikoti em declarações à rádio pública angolana.
O governante angolano realçou que as relações entre os dois países passa "essencialmente por certo respeito mútuo", que as autoridades angolanas esperam que se consolide entre ambos.
Georges Chikoti referiu que o Governo angolano trabalha bastante com Portugal, salientando o convite feito ao ministro dos Negócios Estrangeiros português para visitar Angola. A visita deverá ocorrer em fevereiro de 2017.
O ministro das Relações Exteriores de Angola referiu que é vontade dos Governos dos dois países de trabalharem para a consolidação de relações.
Governo angolano espera que Brasil retome linha de crédito
O governo angolano espera que o Brasil retome, como nos anos anteriores, a linha de crédito para Angola, afirmou hoje o ministro das Relações Exteriores de Angola.
"Nós queremos esperar que o Brasil consiga honrar os seus engajamentos que permitiram durante os anos anteriores criarmos uma linha de crédito que era financiada por Angola", disse Georges Chikoti, em declarações à rádio pública, quando procedia ao balanço do ano.
O governante angolano referiu que durante a cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), abordou o assunto com o seu homólogo brasileiro, além da delegação angolana ter sido recebida pelo Presidente do Brasil, Michel Temer.
Segundo o chefe da diplomacia angolana, Angola exprimiu as suas preocupações no encontro.
"Relativamente à nossa preocupação, claro que há algum atraso que o Brasil tem relativamente aos nossos projectos de cooperação", indicou o governante angolano.
Georges Chikoti realçou que o Brasil "vai fazer o melhor para que possa corresponder à altura" das relações entre os dois países.
"Mas Angola, do seu lado, tem estado a honrar aquilo que são as relações com o Brasil", disse.
Acrescentou que com os atrasos da parte brasileira, várias empresas daquele país também sofreram com a situação.
"Mas temos a esperança que os próximos encontros dos técnicos angolanos dos Ministérios das Relações Exteriores e das Finanças, que vão estar a olhar para estas questões, poderá permitir um encontro eventualmente a um nível mais alto, ministerial ou presidencial para podermos efetivamente relançar aquilo que é a nossa relação bilateral com o Brasil", apontou.
LUSA