José Eduardo dos Santos promete sair em 2018 mas, reeleito para liderar o MPLA, é candidato às eleições de 2017. O propalado congresso da renovação foi, pois, o congresso da entediante continuidade.
De interessante, mas pobre, ficou a polémica causada em Portugal pelos elogios de um deputado do CDS ao MPLA, partido do espectro político oposto.
Os elogios mostram como um regime decadente, antítese de todos os valores democráticos, lava a imagem em países democráticos com a mesma eficácia com que lava os milhões sujos de sangue.
Mas é bom que Eduardo dos Santos esteja ciente de que os aliados da complacência e do oportunismo têm uma característica: mudam mais depressa do que os regimes que os compram e são os primeiros a dizer que o rei vai nu quando outro rei se anuncia.