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Terça, 05 Janeiro 2016 15:45

Preço do táxi deverá ser fixado até ao final da semana

Na pequena ronda efectuada hoje pelo Rede Angola nalgumas paragens de táxis de Luanda, pudemos perceber que a corrida é cobrada de forma aleatória entre Kz 100 e Kz 200. Em algumas zonas, as rotas foram encurtadas e noutras estipulam o tecto máximo sugerido pelo presidente da Associação dos Taxistas de Luanda (ATL), Manuel Faustino, de Kz 200, por conta do reajuste do preço dos combustíveis a 1 de Janeiro.

João de Sousa explica que ontem pagou Kz 150 para ir do Mundo Verde a Vila do Gamek, mas hoje fez o mesmo trajecto ao preço de Kz 100. Por sua vez, Augusta Manuel pagou, hoje, pelo mesmo trajecto o preço de Kz 200.

Na Mutamba, Tunicha, que preferiu não dizer o seu nome de registo, alegou que saiu da centralidade do Kilamba e pagou Kz 200 por cada um dos três troços: Kilamba- Benfica, Benfica-Multiperfil e Multiperfil-Mutamba. “Mas há quem pagou duas vezes mais pelo troço Multiperfil-Mutamba, ou seja pagou Kz 200 da Multiperfil ao Zamba 2 e do Zamba 2 à Mutamba mais Kz 200”, explicou.

Entre taxistas, as opiniões parecem divergir, enquanto se aguarda que o Departamento de Preços e Concorrência do Ministério das Finanças (MINFIN) decrete oficialmente o valor por corrida, negociação que o presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), Geraldo Wanga, garante estar em “bom caminho”.

“Felizmente já tive um feedback positivo. A princípio falamos ao telefone e estão à minha espera para levar formalmente a nossa proposta. Mas já garantiram que estão de acordo com a nossa sugestão porque é a mais justa”, explica Geraldo Wanga.

Mas a proposta avançada pela ANAT, de Kz 135 por corrida, provavelmente será estabelecida a Kz 150, pela escassez de trocos, conforme explicou ao RA o seu presidente, garantindo que provavelmente, até sexta-feira, Luanda venha a conhecer oficialmente o novo preço do candongueiro.

Embora alguns taxistas estejam a cobrar aleatoriamente pela corrida, Geraldo Wanga garante que os seus associados foram todos orientados a permanecerem com o preço de Kz 100, até novas ordens.

“É preciso ter um pouco de paciência porque até ao final-de-semana vamos nos pronunciar. O senhor Faustino propõe Kz 200 e nós não estamos de acordo. A ATL nesse momento fala como patrão e nós falamos como taxistas. Quem tem a incumbência de estabelecer o preço final é o MINFIN”.

Sobre um possível contacto entre a ATL e a ANATA, Geraldo alega que todas as tentativas até ao momento foram em vão pelo facto do líder da ATL, Manuel Faustino não colaborar.

“Ele simplesmente não aceita se encontrar connosco. Nós convidamos e ele não quer. Respeitamos a posição dele. Só não estamos de acordo com o que ele diz. Com os nossos salários em Angola, a esse preço por corrida não sei aonde vamos parar. A corrida a Kz 200 será um caos”.

Em declarações à Rádio Nacional de Angola, citadas pela Lusa, o director do Instituto de Preços e Concorrência do Ministério das Finanças, Kinawidi Kyaku, considerou que a ATL não deve fixar o preço da corrida.

“Hoje, se o preço do gasóleo e da gasolina está liberalizado é porque alguém assinou um decreto executivo, então, não é justo que venha alguém à rádio, um presidente de uma associação, a declarar o preço da liberalização da corrida do táxi, não é justo”, disse Kinawidi Kyaku.

O RA tentou, em vão, contactar o presidente da Associação dos Taxistas de Luanda (ATL), Manuel Faustino que se encontrava, na altura, com o telefone desligado ou fora de área de cobertura. De recordar, desde 2010 que o preço da corrida do candongueiro é visto como Kz 100.

RA

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