Explicaram-nos que Angola nos comprou muita coisa. O problema é que isso foi no ano passado. Angola, como a Líbia ou a Venezuela, é petróleo. Com o preço do barril a descer, comprará o mesmo?
Mas há mais: fazer negócios com a Líbia, a Venezuela ou Angola não é fazer negócios com um país – é trocar favores com um partido, uma família, uma pessoa. Os empresários, nestes casos, são sempre membros de comitivas oficiais. Estes episódicos Eldorados, dependentes da protecção e dos rendimentos ocasionais de um déspota, não são uma alternativa ao trabalho de nos tornarmos realmente competitivos numa economia global. Temos obrigação de nos poupar a mais essa ilusão. CM