Segundo o porta-voz do SIC, Manuel Halaiwa, que falava terça-feira em conferência de imprensa, durante a acção operativa foram resgatadas oito vietnamitas submetidas à prostituição e mão de obra barata, no Zango, em Luanda.
As vítimas, disse, entraram em território angolano com vistos de fronteira e de turismo, depois de passarem por recrutamento sob o comando do filho de uma vietnamita, a partir daquele país asiático.
Segundo Manuel Halaiwa, o vietnamita atraía as pessoas com falsas promessas de emprego em casas de massagem e salão de beleza, mas colocadas em Angola eram submetidas a outras práticas.
O SIC apresentou também uma cidadã angolana de 28 anos de idade, detida em flagrante delito, por crime de lenocínio (fomentar, favorecer ou facilitar o exercício da prostituição de menor ou aliciar menor para esse fim).
O porta-voz informou que Débora, também tratada como milionária, arrendou uma residência na zona da GAMEK e transformou-a em "clube de promoção à prostituição".
Na acção do SIC, fruto de uma denúncia, foram encontradas no local cinco mulheres dos 21 aos 27 anos de idade, provenientes das províncias do Uíge, Cuanza-Sul, Malanje e Luanda, recrutadas por via das redes sociais.
O responsável acrescentou que, pelos trabalhos prestados a terceiros, as jovens pagavam, diariamente, 15 mil kwanzas à proprietária do clube.
Manuel Halaiwa aconselhou os pais a manterem-se vigilantes com os filhos e a acompanharem de perto as actividades nas redes sociais.
Os supostos criminosos serão encaminhados ao Ministério Público e ao juiz de garantias para a aplicação das medidas de coacção.