A Polícia Nacional diz que os suspeitos levavam a embarcação para a República da Nigéria e que a detenção foi realizada pela Polícia Fiscal Aduaneira, que realizava a manutenção da segurança das águas do território nacional.
Mateus Rodrigues, porta-voz da polícia, disse à imprensa que a detenção ocorreu numa altura em que os cidadãos estrangeiros já estavam com o petroleiro em movimento.
"São dois cidadãos nigerianos e outro de nacionalidade ganense, que seriam o capitão do navio, o engenheiro mecânico e o outro engenheiro electrónico. Faziam-se evadir com o navio que apresentava problemas técnicos, e estava antes atracado na zona do Sarico em Cacuaco", explicou o porta-voz da Polícia Nacional.
Mateus Rodrigues salientou que os infractores tinham como objectivo colocar o navio em marcha para fora das águas nacionais, sem o conhecimento das autoridades angolanas.
Segundo a PN, a detenção dos implicados, que, inicialmente, entraram no território nacional com vistos de turistas, no dia 30 de, foi resultado de denúncias e por intermédio de meios de vigilância marítimos que permitiram localizar os suspeitos, que, segundo investigações policiais, pernoitaram num hotel junto ao Aeroporto Doméstico, de onde de seguida partiram para a investida frustrada.
O Novo Jornal sabe que esta é a quarta tentativa de roubo de navios no País nos últimos 12 meses: a primeira ocorreu em Março de 2023, mas foi frustrada pelo SIC, numa acção conjunta com a Polícia Fiscal Aduaneira, mediante denúncia, que terminou com a detenção em flagrante de 11 cidadãos nigerianos.
O porta-voz do SIC, Manuel Halaiwa, disse na altura que a detenção ocorreu numa altura em que os homens já estavam em movimento a mais de duas milhas da baía de Luanda, rebocando fraudulentamente o navio denominado Garcia I, de direito angolano.
Ainda em Março do ano passado, ocorreu outro caso, mas o SIC frustrou a tentativa do roubo do navio petroleiro afecto à Sonangol Shipping. A tentativa do acto criminoso foi orquestrada com recurso a documentos falsos da compra da embarcação.
As autoridades asseguram que uma terceira tentativa ocorreu no primeiro trimestre deste ano, e também foi praticada por cidadãos nigerianos.
O porta-voz da Polícia Nacional, Mateus Rodrigues, confirmou ao Novo Jornal que se trata da quarta tentativa frustrada e salientou que todas elas têm envolvimento de cidadãos da Nigéria, e que a polícia suspeita agora que se está diante de uma rede criminosa bem estruturada, que se dedica ao roubo de navios, mas salientou que decorrem trabalhos de investigação. NJ