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Sexta, 19 Agosto 2022 21:06

Votar no programa do MPLA é votar na descriminação e no passado

O MPLA adaptou desde as primeiras eleições os seguintes slogans: 1992- “com o MPLA no coração, angola 1992”; 2008- “Angola a Mudar Para Melhor; 2012- “Crescer Mais Para Distribuir Melhor”; 2017- “melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”; 2022- “Vote Pela Paz e Pela Democracia”. 

Programas que nunca trouxeram inovações nem motivações concretas a vida digna dos cidadãos; os slogans foram desde sempre “MIRAGEM”.  Ao longo desses pleitos pretéritos, o sistema prometeu: um milhão de casas, quinhentos mil empregos, educação para todos, água para todos, estradas, saúde, redução da inflação, luz eléctrica, direitos iguais, liberdade de expressão, de imprensa, etc, etc. Do ponto de vista prático, tudo não passou de uma “MIRAGEM”.

PORQUÊ VENCEU SEMPRE O PROGRAMA QUE NÃO REFLECTIU A VIDA DOS ANGOLANOS? PORQUÊ QUE O PROGRAMA DA VERDADEIRA OPOSIÇÃO NUNCA VENCEU NO PASSADO MESMO ESTANDO MELHOR ESTRUTURADO?

Infelizmente, o voto do angolano nunca foi valorizado, nunca foi considerado, nunca reflectiu a vontade do povo por motivos evidentes de fraude organizada e reflectida eleitoral. Milhões de cidadãos sofrem todos os dias por falta de emprego, habitação, saúde, alimentação…, quando um outro partido, no seu programa, havia prometido resolver esses males; será que nós gostamos de sofrer? Gostamos dos que nos maltratam? Não! Nunca foi levado a sério a vontade do povo manifesto na urna.

Já dizia Jonas Savimbi: “votar no MPLA é votar para o passado, para a descriminação”.  E todos os dias, notamos essa conduta dolosa por parte do regime. Não respeita o cidadão. Como exemplo, é só observar o acto de massa realizado em Benguela, no dia 18.08 pelo candidato a sua reeleição, o Senhor JLO, onde um bom número de angolano foi deixado a sua sorte em Benguela sem saber como regressar às suas terras de origem. Estão todos eles trajados com os distintivos do MPLA, esfomeados, empoeirados, sem dormir e a lamentarem por terem aceitado locomover-se até ali. As circunstâncias que o país atravessa, talvez permita que se aceite, quando estiver em jogo uma certa retribuição, se tivermos em conta a falta de tudo que os angolanos sentem e vivem. Mas essas experiências deviam despertar as pessoas. É tanto desprezo que se passa naqueles lugares a todos os níveis! Quem é o principal culpado? Chama-se MPLA.

Está claro: o regime está esgotado. Atingiu o limite da saturação. O programa da Frente Patriótica Unida, o GIP é interessante, promissor, convidativo e esperançoso. Quando o salário mais baixo que se pretende processar será de 150.000,00, isso levanta o austral do cidadão; quando o estudar será grátis até a universidade, quando a saúde será de aproximação, isto é, postos médicos, prontos socorros vizinhos dos cidadãos, habitação, trabalho, energia e água, etc, etc, faz renascer a esperança.

O GIP envolve todos e tem como pano de fundo: a realização do angolano, onde o diálogo será a opinião mais importante para se corrigir os erros e encontrar a verdade, dizia Sócrates.

Dentro de cinco dias, iremos a votos, conquanto o processo eleitoral esteja eivado de tamanha irregularidade, irregularidades intencionais e, portanto, dolosas, ainda assim, é fundamental levarmos em consideração aquele programa que reflicta a nossa vida, a dos nossos filhos e a dos nossos netos. Usemos a cabeça acima de tudo e passemos a palavra aos menos lúcidos.

A lei não proíbe a permanência dos eleitores fora da Assembleia!

O futuro de Angola depende apenas de nós!

Por Talangongo Okola    

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