Assim que concluir a ré-instrução contraditória do processo, introduzindo todos os elementos que foram deixados de fora por má instrução processual, os juízes vão remeter o processo à Procuradoria Geral da República para refazer a acusação ou cancelá-la.
A embaixada dos Estados Unidos em Luanda está fortemente guardada por forças policiais desde as primeiras horas da manhã de hoje, o que coincide com o anúncio da realização de uma manifestação de jovens contestatários do atual Executivo.
A elite política actual torna os angolanos “dependentes do poder” e em “mendigos”, diz o jurista e professor universitário.
O activista Rafael Marques enfrenta nova acusação dos generais angolanos, um grupo de sete militares que integra Hélder Vieira Dias “Kopelipa” que lhe exige na justiça 900 mil euros por alegada “denúncia caluniosa”. Diz o activista - que no livro “Diamantes de Sangue” denunciou a situação das minas diamantíferas na Lunda Norte - que esta é uma reacção dos militares ao facto de não terem conseguido levar por diante uma anterior queixa de difamação. Também em Portugal fora já arquivada uma queixa idêntica contra Rafael Marques pelas referências naquele livro a casos de “tortura e homicídio” nas explorações de diamantes angolanas.
O general Kopelipa, seis outros generais e a Sociedade Mineira do Cuango exigem solidariamente uma indemnização de 120 milhões de kwanzas (US $1.2 milhões de dólares) ao jornalista Rafael Marques de Morais, a quem acusam de os ter difamado.
O imediatismo de muitos jovens em conseguirem as coisas e a desestruturação de algumas famílias incentivam em grande medida o surgimento de grupos de marginais no país, considerou hoje, terça-feira, em Luanda, o vice-presidente da Associação Juvenil de Apoio as Comunidades (Ajacom), Cláudio Gomes.
Em Angola, a SOS Habitat denuncia o aumento de demolições de habitações e expulsões desumanas em Luanda. A ONG acusa ainda as autoridades de não apresentarem alternativas para albergar os desalojados.