Isabel dos Santos acusa Manuel Vicente de estar por detrás das denúncias do caso Luanda Leaks, para se vingar dos esquemas que ela encontrou na Sonagol, durante a sua gestão.
Isabel dos Santos voltou esta quinta-feira a negar as acusações de corrupção e desvio de fundos que lhe são atribuídas, afirmando que sempre operou dentro dos limites legais e que todas as transações foram aprovadas por advogados, bancos e reguladores. Esta nota surge um dia depois de a Procuradoria-Geral da República de Angola ter constituído a empresária como arguida.
"Está na hora de a cidadã retribuir tudo o que o Estado lhe proporcionou" e que lhe permitiu fazer "grandes negócios e tornar-se na mulher que é hoje", sugere Welwitschia (Tchizé) dos Santos, irmã da empresária angolana que foi constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos. "Pronto, mande dinheiro para Angola", afirmou a ex-deputada do MPLA.
A administração da Vida TV afirmou hoje que convidou Tchizé dos Santos a afastar-se do projeto, na sequência de "reiteradas declarações públicas" que implicam "prejuízo e risco reputacional" para o canal.
A polícia angolana deteve hoje jovens manifestantes que nas imediações do parlamento angolano, no centro de Luanda, tencionavam protestar em favor das autarquias nos 164 municípios angolanos, levando igualmente dois jornalistas da agência Lusa.
A irmã da empresária Isabel dos Santos e ex-deputada do MPLA Tchizé dos Santos queixa-se de estar a ser alvo de pressões para vender as suas participações em empresas angolanas e diz-se vítima de tentativas de silenciamento.
Nuno Ribeiro da Cunha morreu, segundo apurou o Jornal Económico. Era o responsável por gerir a conta da empresária. O gestor foi ontem constituído arguido pela PGR de Angola, em conjunto com Isabel dos Santos.