Cansados e desanimados, assim se mostraram os portugueses que deixaram Luanda hoje à tarde para regressar a Lisboa, preocupados com o alastramento da pandemia provocada pelo novo coronavírus, e indignados com o "abandono" das autoridades portuguesas.
Várias centenas de cidadãos saíram às ruas em diferentes localidades do país, nesta sexta-feira, dia em que entrou em vigor o Estado de Emergência, decretado pelo Presidente da República, para conter a proliferação do Covid19.
O primeiro dia do estado de emergência decretado em Angola é assinalado na capital com “alguma movimentação de pessoas”, apesar das medidas restritivas, com a polícia a ter, para já, uma abordagem tolerante no sentido de sensibilizar a população.
A petrolífera estatal angolana Sonangol garante a disponibilidade de gás doméstico e outros combustíveis, mantendo-se em funcionamento as postos de combustível e outros locais de venda, apesar das medidas excecionais previstas no estado de emergência.
O Governo angolano avisou hoje que está interdita a circulação de pessoas na via pública, no âmbito do estado de emergência em vigor desde a madrugada de hoje devido à Covid-19, assegurando serviços gratuitos de água e telecomunicações.
A partir desta sexta-feira (27), os mercados públicos formais e informais do país passam a funcionar apenas das seis às 13 horas por dia, tendo em conta o Estado de Emergência declarado em todo território nacional, com vista a prevenção do novo coronavírus (Covid-19).
O secretário de Estado para a Saúde Pública de Angola, Franco Mufinda, disse hoje que Angola elevou o número de pessoas em quarentena institucional por causa da covid-19 de 460 para 526, devido a "denúncias da população".