O julgamento dos supostos executores de dois alegados activistas políticos está a revelar-se muito mais do que isso: vieram à tona os meandros da realização de manifestações de contestação ao Governo angolano, com detalhes de uma alegada conspiração envolvendo elementos afectos à CIA, agência de espionagem dos Estados Unidos da América, como garante de suporte financeiro aos ditos “jovens revolucionários”. Mais do que isso, uma das vítimas seria, afinal, agente da segurança de Estado, actuando, na verdade, em ambos os lados.
Oito jovens activistas cívicos foram presos hoje pela polícia nacional quando tentavam manifestar-se contra a programação que consideram parcial da Televisão Publica de Angola (TPA). Três dos manifestantes conseguiram escapar enquanto os restantes cincos foram levados para lugar incerto.
“Se quem tem poder nega a tua liberdade, então o único caminho para a liberdade é o poder.” (Nelson Mandela)
Um dos acusados foi promovido a general e o advogado de defesa quer agora explicações da Presidência da República.
O escritor angolano Lopito Feijóo diz que não há interferência política na atividade literária ou que ponha em causa a liberdade dos autores. Há leis no país que garantem isso. "O problema é a sua aplicação."
Uma comissão de inquérito criada por quatro ministérios angolanos vai averiguar alegadas "práticas contrárias" à "ordem pública" por parte de uma organização religiosa instalada na província de Cabinda.
MCK lamenta o facto dos partidos da oposição terem desaparecido da cena ou que tenham sido forçados a desaparecer pelo partido no poder em Angola.