"Man Genas" que vivia em Moçambique há um ano, onde se refugiou por alegada perseguição, foi detido na sequência da sua expulsão administrativa, no domingo, por parte das autoridades moçambicanas, por entrada e permanência ilegal naquele país.
O acusado chegou domingo ao país, via aérea, em companhia da esposa e dois filhos, que estão sob custódia das autoridades angolanas.
Em declarações à imprensa, fonte do SIC indicou que “Man Genas” está detido com dois mandados de crimes de roubo qualificado e abuso de confiança.
De acordo com a mesma fonte, a esposa de "Mam Genas" vai ser entregue formalmente a família nas próximas horas.
Já a cidadã clemência Suzete Vume, de 26 anos, esposa do "Man Gena", disse à imprensa, numa unidade hoteleira onde esteve sob custódia do SIC, que muitas das provas foram perdidas num assalto que sofreram na sua residência em Luanda, e lamentou o facto de o esposo estar detido.
Segundo a mulher, tão logo o avião aterrou em Luanda, no domingo, o seu esposo foi logo entregue às autoridades policiais e já não manteve contacto com ele.
Serena, e sempre ao lado dos filhos, Clemência Suzete Vume disse que desde que chegou foi sempre bem tratada pelas autoridades.
"Eu e as crianças estamos bem! Quero que apenas que as autoridades soltem o meu esposo porque daqui a pouco eu vou dar à luz e precisamos dele", disse a esposa, gestante.
Clemência Suzete Vume reconhece que ela, o esposo e os filhos entraram ilegalmente no território moçambicano, mas lamentou o facto de as autoridades daquele país os ter tratado muito mal.
"Desde que chegámos a Moçambique fomos submetidos a um cárcere privado de um ano. As autoridades moçambicanas trataram-nos muito mal", referiu.
O SIC avança, igualmente, que nos próximos tempos, o acusado será ouvido pelas autoridades competentes, através do Ministério Público e depois pelo juiz de Garantias.
Um outro cidadão angolano, Higino Duarte Regal, também conhecido por Carlos Eduardo Monteiro, foi também alvo de expulsão administrativa no passado domingo.
O homem foi detido em Maputo, em 21 de dezembro do ano passado, em cumprimento de um mandado internacional emitido pelas autoridades angolanas, refere-se num documento do Ministério Público ao qual a Lusa teve acesso.
Higino Regal fugira de uma cadeia angolana, onde cumpria pena por tráfico de drogas, em 2017.