O porta-voz do MPLA afirmou hoje que o partido está "coeso", apesar de divergências sobre alguns temas, afirmando empenho em vencer as eleições de 2027 com uma maioria mais expressiva.
O politólogo Aniceto Cunha considera que o anúncio de uma "frente ampla" para a alternância democrática feito por Adalberto Costa Júnior traduz um reconhecimento tácito de que a UNITA, isoladamente, não tem força suficiente para enfrentar o MPLA nas eleições de 2027.
As reacções à proposta de Adalberto Costa Júnior de relançar uma “Ampla Frente” expuseram profundas divergências entre os principais actores da oposição.PRA-JA, bloco Democrático, analistas e até dirigentes da própria Unita apresentam leituras distintas sobre o fracasso da FPU, o futuro da oposição e os obstáculos legais, simbólicos e estratégicos para 2027
O antigo secretário-geral do MPLA, Marcolino José Carlos Moco, reagiu na quarta-feira ao anúncio da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a constituição de arguido do general Francisco Higino Lopes Carneiro, ex-governador de Luanda e do Cuando Cubango, em dois processos-crime que tramitam há vários anos na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP).
O MPLA diz que apesar dos persistentes desafios económicos e sociais nacionais e internacionais, o "povo angolano tem plena confiança no partido" no poder, que venceu as eleições de 2022, pela quinta vez consecutiva, "como o legitimo representante e garante da resolução sustentável dos seus problemas".
O líder da UNITA, maior partido da oposição angolana, nomeou vice-presidentes do partido Arlete Chimbinda e Simão Dembo, ambos reconduzidos para o cargo, e Álvaro Daniel, antigo secretário-geral desta organização política, indica um despacho distribuído à imprensa.
O analista Albino Pakisi disse hoje que as acusações contra o general Higino Carneiro são uma “engenharia jurídica” para inviabilizar a sua candidatura à presidência do MPLA (no poder) e para garantir a manutenção de João Lourenço na liderança.