A UNITA defendeu hoje a criação de um Fórum Nacional para o Aprofundamento e Consolidação da Paz e Reconciliação Nacional, recordando que 14 anos depois do fim do conflito armado, Angola ainda está em guerra, em Cabinda.
O Jornal de Angola volta hoje a criticar Portugal, em editorial, acusando "cumplicidade criminosa" de alguns "setores" na guerra civil que terminou há 14 anos e a atual "incompreensão absurda" portuguesa e europeia.
O ministro dos Petróleos de Angola, José Botelho de Vasconcelos, é um dos políticos que figuram na lista comprometedora de personalidades divulgada no domingo, na sequência de uma fuga de informação envolvendo a empresa de advogados panamiana Mossack Fonseca.
O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde 1975, defende a contratação dos melhores quadros para gerir o país e travar a "gestão danosa" na administração pública.
A diplomacia angolana denunciou esta quinta-feira a "ingerência da União Europeia nos assuntos internos de um Estado soberano", numa referência à declaração conjunta de 29 de Março da EU e da embaixada da Noruega em Luanda, emitindo "reservas" quanto ao respeito pelas "garantias processuais e o princípio de proporcionalidade" em relação ao recurso que a defesa dos 17 activistas condenados anunciou apresentar.
A primeira onda de choque da condenação dos 17 jovens activistas em Angola foram estragos diplomáticos, que o regime está a tentar conter. Na quinta-feira, foi a vez dos Estados Unidos dizerem que está em causa a liberdade no país. A segunda onda de choque serão manifestações de rua, nos próximos dias.
O ministro dos Negócios Estrangeiros rejeitou que a posição da diplomacia europeia quanto à condenação de 17 activistas em Angola represente uma ingerência nos assuntos internos daquele país, classificando-a como sinal de empenho nos direitos humanos.