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Terça, 04 Julho 2023 21:18

Democracias fortes precisam de instituições fortes, diz embaixador dos EUA em Angola

O embaixador dos EUA em Angola considerou hoje, na celebração do dia da Independência do seu país, que as democracias fortes assentam em instituições fortes e não em homens fortes, afirmando que a trajetória democrática inclui as eleições autárquicas.

“Os Estados Unidos estão humildemente dispostos a compartilhar as suas lições aprendidas durante 247 anos de democracia enquanto Angola navega nas suas próprias aspirações democráticas”, disse Tulinabo Mushingi, em Luanda, no seu discurso de abertura das comemorações do 4 de julho, dia da independência dos Estados Unidos.

O diplomata norte-americano frisou que “democracias fortes precisam de instituições fortes, não de homens fortes”, acrescentando que as parcerias fortes beneficiam da transparência e da responsabilidade.

“É por isso que ao longo dos anos, temos orgulho de apoiar o compromisso de Angola de erradicar a corrupção”, realçou o diplomata, que reiterou ainda que “uma imprensa livre e aberta é um componente crucial para uma democracia madura”.

O ano de 2023 coincide também com o 30.º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países e Tulinabo Mushingi salientou o crescimento da parceria com “resultados positivos” para ambos os povos, considerando que prosperidade, boa governação e segurança são pilares para o futuro.

Para os próximos anos, as prioridades dos americanos em Angola passam pelo fortalecimento da diplomacia comercial, a segurança e a boa governação; melhoria do ambiente de negócios, promoção da transparência para combater a corrupção; promover a liberdade de imprensa e apoiar a trajetória democrática de Angola, incluindo as eleições autárquicas.

Existem atualmente a operar em Angola mais de 70 empresas norte-americanas, com destaque para as petrolíferas como a Chevron e a ExxonMobil, mas também “novos parceiros”, como Africell, Gates Air, Quanten, Sun Africa, e Acrow Bridge que atuam em áreas como digitalização das redes de telecomunicações, formas de energia limpa e infraestruturas.

Abordou também a cerimónia de inauguração da concessão ferroviária do corredor do Lobito, que teve hoje lugar em Benguela na presença dos chefes de Estado de Angola, Zâmbia e República Democrática do Congo, e que o Governo norte-americano pretende financiar num montante de 250 milhões de dólares (229,4 milhões de euros).

“O Corredor do Lobito é um dos projetos de infraestruturas mais importantes de Angola em termos estratégicos. Este será o maior e primeiro investimento da DFC em Angola e o seu primeiro investimento num projeto ferroviário em África”, realçou Tulinabo.

Em termos de cooperação, afirmou que a parceria em matéria de segurança continua a crescer e reconheceu a liderança de Angola na construção da paz e estabilidade regional transatlântica: “o objetivo é proteger os nossos povos contra ameaças, quer de saúde publica, instabilidade política ou terrorismo”.

“Acredito que as mudanças estão a chegar a Angola”, prosseguiu o representante dos EUA, dando como exemplo o número crescente de mulheres no poder, bem como jovens empreendedores e na política, a “forte oposição na Assembleia Nacional”, o desenvolvimento das energias renováveis e telecomunicações competitivas.

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