Uma nota do Governo Provincial de Luanda dirigida ao secretário-geral do Bloco Democrático refere que a iniciativa, agendada para as 11:00 de hoje na capital angolana (10:00 em Lisboa), não se podia realizar, uma vez que “manifestações ou marchas” não são permitidas antes das 13:00 de sábado.
Alegou ainda o “risco de colisão de direitos ligados à segurança dos chefes de Estado e de Governo da OEACP”, cuja cimeira decorre até hoje, tendo em conta que os “traçados predefinidos pelos órgãos que controlam o tráfego e mobilidade da província são próximos do itinerário proposto para a referida marcha”.
Os promotores da marcha convidaram “amigos, simpatizantes, ativistas ligados à defesa dos direitos humanos e a sua promoção, e todos atores sociais e políticos a serem parte deste evento, de forma a massificar, fomentar e promover os direitos humanos e o respeito que este merece num Estado que precisa efetivamente de ser democrático e que as lesões acometidas pelo Regime, contra ativistas, políticos e outras pessoas singulares e coletivas possa ser resolvida em diálogo e com abertura para a participação do cidadão na vida política do seu país, e não persegui-los até a morte”.
Em resposta ao indeferimento da marcha, o Bloco Democrático convocou uma conferência de imprensa para hoje.