Segundo o General, aquela postura visionária do antigo presidente e fundador da UNITA, Jonas Savimbi, revelou-se depois perfeitamente adequada às exigências da luta que se seguiu, depois de inviabilizado o Acordo de Alvor.
Por esta altura, recorda, as estruturas político-admistrativas, militares e diplomáticas, foram reforçadas com sangue jovem e de antigos funcionários que traziam uma grande experiência da Administração Pública colonial.
Lukamba Gato, adiantou que só foi em 1977, depois da Longa Marcha e sobretudo depois do IV Congresso que o Presidente Savimbi iniciou os círculos de estudos e palestras para a formação político-ideológica dos novos quadros.
"Na altura, eram palestrantes os mais velhos Jonas Savimbi, Nzau Puna, Ernesto J. Mulato e Carlos Tiago Kandanda, se a memória não me trai. Estávamos nas bases do Mukunya, Chisilo, Muandoji e Chimbuzoke", lembra.
No entanto, foi só em 1982, depois do V Congresso que a formação político-ideológica ganhou a forma de Escola permanente e obrigatória para os quadros de todos os sectores da actividade da luta de Resistência.
A partir dessa época, considera, a UNITA operou sem dúvidas um salto qualitativo no contexto da condução e gestão da luta nas suas múltiplas dimensões.