Segundo informações que Angola24Horas teve acesso, o governo angolano ouviu sem muita disposição a solicitação de uma delegação de negociantes de diamantes de Antuérpia, que se deslocaram à capital angolana.
Os mesmos dados, dão ainda conta que a pretensão desta delegação em Luanda, era para tentar persuadir o presidente da República, Joao Lourenço, no sentido de colocar um ponto final ao virtual monopólio do Dubai sobre os diamantes de Angola.
De salientar que o referido Centro de Diamantes de Antuérpia, que representa perto de duas mil empresas ligadas ao sector diamantífero, desejou, há aproximadamente uma semana assinar um acordo com o executivo angolano, no sentido de passar a comprar directamente os diamantes do país.
A dada altura, o presidente do centro, Chaim Pluczenik, afirmou que o seu país é o maior centro a nível mundial, tendo considerado que Angola é um dos maiores produtores mundiais, o que terá incentivado o desejo de solicitar tal importação directa.
Chaim Pluczenik, disse ainda que o seu território está preparado para assinar um acordo de longo prazo com o Angola, com algumas companhias, tal como fez com a Alrosa e a DeBeers, pelo facto de mais de 80% da produção mundial de diamantes ter passagem por Antuérpia.
Contudo, o responsável deixou igualmente claro que a ideia é desenvolver trabalhos a longo prazo, tendo garantido que sua organização não é oportunista.
Embora contactos com as empresas públicas angolanas, nomeadamente SODIAM e Endiama, visitas às obras do Polo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo, os 20 empresários ligados ao Centro de Mundial de Diamantes de Antuérpia, não tiveram a chance e seu desejo concretizado.