No comunicado final, a Comissão Política informa ter apreciado assuntos internos do Partido e do País, nos vários domínios com impacto directo na vida dos cidadãos, com destaque para as questões políticas, económicas, sociais e fundamentalmente, no domínio dos direitos humanos.
Apreciados os assuntos acima referidos, a Comissão Política adoptou resoluções e iniciativas políticas, tornando público sobre a situação interna do Partido, em primeiro lugar a aprovação do Relatório do Secretariado Executivo, o Regulamento Interno actualizado e o programa de acção para o ano 2021 para além de ractificar os Estatutos da LIMA e da JURA.
A mesma Comissão, diz ter aprimorado a resolução quadro para a elaboração, execução e fiscalização do Orçamento, tendo sobre a situação Económica e social do país, constatado com bastante preocupação, a insensibilidade do Executivo, pelas medidas que vai tomando, inadequadas ao momento que o país vive, onde se realça o incremento da carga fiscal, diante do agravamento da pobreza das empresas e das famílias, com destaque para a perda do valor do salário dos trabalhadores.
"A Comissão Política recorda aos angolanos, que desde o início da pandemia, a UNITA foi alertando o executivo, da forte possibilidade de haver já naquela altura, contaminação comunitária, tendo em conta a inexistência de testes e aos altos preços que custam os poucos que o país dispunha, principalmente causada pela política monopolista adotada pelo Executivo, a negligência ao não tomar em tempo oportuno as medidas que se impunham sobre o controlo e testagem dos primeiros voos idos de Portugal, e a não liberalização dos testes precipitou a propagação da pandemia em Angola", conforme se lê.
Sobre a situação política e dos Direitos humanos, a UNITA condena veementemente, a repressão policial contra pacatos cidadãos, que se manifestavam publicamente num acto previsto e por direitos, constitucionalmente protegidos, bem como jornalistas em pleno exercícios das suas funções, os jovens detidos injustamente e encoraja os angolanos e a juventude em particular, a não desistir de lutar pelos seus direitos, apelando por isso, a soltura incondicional de todos detidos a 24 de Outubro.
Ainda no comunicado, a UNITA presta homenagem aos Mártires da repressão policial, nomeadamente Marcelina Joaquim e “Mamã África”, dois jovens mortos a 24 de Outubro do corrente ano, por se manifestarem, deixando desde já, uma mensagem de solidariedade e sentimentos de pesar as famílias enlutadas.
"Considerando que os angolanos estão obrigados a conviverem na paz e harmonia, a Comissão Política, encoraja o Presidente da UNITA, a encetar um diálogo, abrangente com todas as forças vivas da Nação, para a concertação em busca de um Calendário Nacional de Consenso", lê-se igualmente.
Por último, a Comissão Política exige dos Órgãos competentes a conclusão da aprovação do Pacote Legislativo Autárquico, a realização das eleições autárquicas em 2021 e as reformas que o sistema eleitoral requer para se assegurarem processos eleitorais livres, justos e transparentes.