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Quinta, 23 Julho 2020 01:27

Como João Lourenço “impõe” ditadura “instrumentalizando” sistema de justiça angolana

O jurista Pedro Kaparakata observa com muitas suspensões à forma como a justiça angolana vem actuando, que para ele, a “reboque” do poder político instituído pelo actual Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.

Segundo Kaparakata, se no passado os jovens eram detidos e levados até ao quilómetro 44, perto de Catete, agora os jovens que se manifestam “são presos e condenados imediatamente”.

Pedro Kaparakata acusa João Lourenço de ter, desde o início do seu mandato, “instrumentalizado a justiça a seu favor para”, na sua visão, “impor uma ditadura com base a um sistema de justiça controlada”.

“O exemplo é: Onde está o processo contra Ismael Diogo, presidente da FESA?”

O presidente da Fundação Eduardo dos santos (FESA), Ismael Diogo tinha sido detido depois de ter recusado a responder às várias notificações da justiça, relacionadas com uma acusação de recepção indevida de 20 milhões de dólares dos cofres do Conselho Nacional de Carregadores (CNC).

Fontes familiarizadas com o processo CNC avançaram a este portal que, a detenção de Ismael Diogo “visava única e simplesmente amedrontá-lo para o encerramento das instalações da FESA”, que para os Serviços de Segurança do Estado, “constituía-se numa ameaça contra João Lourenço”.

A FESA tem como patrono o ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, que criou a organização em 1996, com a finalidade de ser uma instituição filantrópica apartidária, de carácter científico, cultural, social e sem fins lucrativos.

Com a detenção de Ismael Diogo, a justiça angolana prendeu mais uma personalidade próxima a Eduardo dos Santos, depois de o seu filho José Filomeno dos Santos (Zenu) ter estado em regime de prisão preventiva no Hospital Prisão de São Paulo, tendo sido solto meses depois.

Sabe-se que o antigo secretário-geral do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Álvaro de Boavida Neto, General Francisco Higino Lopes Carneiro, e muitos outros quadros do MPLA estão “sobre suspensão” de processos crimes, para que se mantenham “quietos” para não sarem julgados e condenados.

Recentemente, numa das audiências de Zenu dos Santos, arrolado no “caso 500 milhões de dólares”, cujo julgamento já na fase final decorre na 1ª Câmara Criminal do Tribunal Supremo, teria sido “baixada uma ordem” a aquele tribunal de que, “João Lourenço não quer uma absolvição”, pelo que, a sentença está ditada para a condenação do filho de José Eduardo dos Santos e pares, facto que, segundo sabe O Decreto, as celas já estão a ser preparadas no Hospital Prisão de São Paulo, em Luanda, onde os réus vão cumprir as penas. O Decreto

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