Segunda, 29 de Dezembro de 2025
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Kalupeteka, foi no desvelar que sua singular canção foi avassalando corações ao ponto de muitos terem despojado a sua razão consciente em substituição de um ego sem norte que não lhes atribuía mais a faculdade pensante de assinalar os erros e julgar os factos, Kalupeteka, passara a ser a única luz para eles, o único farol para estes, a única mente pensante para estes, a ponto dos quais escapulirem do intelecto que fazia o juízo dos fenómenos quotidianos, e lograrem para seu futuro um cosmo virtual que encontrava o seu foco de realce nos sonhos despidos de piedade provindos do aio impulsionador. 

Não podemos acobardar-nos mais e calar, nem podemos conviver silenciosamente comprometidos com a matança desencadeada pelo partido da situação. Calar nesse momento significa comprometimento agravado com a ditadura sanguinária. 

Por Raúl Diniz

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