Luanda é, hoje, um enorme, infinito supermercado. Há as quitandeiras e as zungueiras e os zungueiros. Coisas diferentes e iguais. Sem contradição. Zungueira vende no passeio da rua quando há, ou numa berma imaginária que se inventa. Em todas as ruas. Em qualquer rua. Em qualquer sítio. Até à porta dos supermercados. Fruta. Peixe. Legumes. Mandioca. Carne. Batata. Quitandeira vende no quintal. Fuba. Paracuca. Jinguba. Kifufutila. Galinhas vivas, das que ciscam na terra.