A propósito da celebração, hoje, do 52º aniversário desde que foi criada a extinta Organização de Uniade Africana, em Addis Abeba (Etiópia), o analista chamou atenção aos líderes do continente "berço da humanidade" para a união de esforços no sentido de encontrarem mecanismos para ultrapassar os constrangimentos que retardam o desenvolvimento.
Todavia, considerou África como sendo um continente da esperança, a julgar pela diversidade de recursos naturais que possui e cujos países têm uma estrutura etária bastante jovem, mas lamentou a pouca cultura democrática e o pouco investimento na formação.
Filipe Olímpio Kandala diz que a aposta séria educação do homem e, posteriormente, no seu enquadramento nas actividades económicas, sociais e políticas para poder, rapidamente, colocar o continente africano na rota do desenvolvimento sustentável.
Destacou os progressos que muitos países registam, em termos de desenvolvimento humano, entre eles o Botswana, Ilhas Maurícias, Marrocos, Cabo Verde, Ruanda, Ilhas Seicheles, África do Sul, afirmando que a pobreza, a miséria e o analfabetismo em África são consequências dos conflitos que ainda grassam o continente.
“África é rica em termos de recursos, mas, infelizmente, é o ocidente que contínua a ditar a política economia local”, salientou, para quem o café, o ouro e petróleo são produtos explorados no continente, mas com o estabelecimento dos preços feitos em Londres (Inglaterra) e Nova York (Estados Unidos da América), visto que muitos países locais não conseguem promover o bem-estar dos seus cidadãos.
Passados 52 anos da criação da extinta Organização de Unidade Africana, actualmente designada por União Africana, Filipe Olímpio Kandala reconhece que ainda há muito por fazer em África, sobretudo no que respeita à democratização dos Estados, fundamental para o alcance do progresso.
ANGOP