Quinta, 28 de Março de 2024
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Segunda, 06 Junho 2022 14:45

UNITA espera que observação internacional das eleições não se resuma a “primos africanos”

O líder da UNITA, principal partido da oposição angolana, apelou hoje ao Governo angolano para que avance com o pedido de observação internacional democrática das próximas eleições, para que esta não se restrinja aos “primos africanos”.

Adalberto da Costa Júnior falava aos jornalistas após receber uma delegação da União Europeia, num encontro em que foram analisados desafios do período eleitoral, entre outros temas, e que descreveu como “bastante positivo”.

Sublinhando as “grandes expectativas” quanto a uma missão de observação europeia, o presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) lamentou que o governo angolano, nos últimos pleitos eleitorais, não tenha demonstrado “grande interesse” em ter no país uma observação internacional democrática.

“Infelizmente, esta tem sido a postura do governo angolano. Nós, de há um tempo a esta parte, temos tentado sensibilizar o governo para uma postura diferente, mais democrática, mais aberta e mais credível nestas eleições. Ora o que nós estamos a verificar é uma repetição daquilo que tem sido comum”, salientou.

Adalberto da Costa Júnior acusou o governo de “retardar os convites” para os observadores, conseguindo interferir assim na vinda das missões.

Sublinhando que as eleições se fazem com múltiplos componentes, entre as quais as observações internacionais, o líder da UNITA afirmou que “pretender trazer a Angola apenas os primos africanos de proximidade político-ideológica” não se traduz num elemento de credibilidade para o processo eleitoral.

E deixou um apelo: “Ainda acredito que, tanto no âmbito da Assembleia Nacional como no âmbito da Comissão Nacional Eleitoral, nós temos condições de dirigir convites a espaços internacionais com credibilidade e com experiência democrática para ajudar a credibilizar o processo angolano”.

Angola vai escolher o seu novo Presidente da República e representantes na Assembleia Nacional a 24 de agosto, com o atual chefe do governo, João Lourenço candidatar-se a um segundo mandato.

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