O número de mortes por cólera em Luanda aumentou para 11, tendo sido notificados 93 casos desde o início do ano, segundo o boletim informativo do Ministério da Saúde (Minsa) a que a Lusa teve hoje acesso.
O presidente do Sindicato dos Médicos de Angola (SINMEA), Adriano Manuel, disse hoje que a falta de saneamento, aumento da pobreza e desinvestimento na saúde preventiva potenciam o surgimento da cólera no país, referindo que “não faltaram avisos”.
As autoridades angolanas anunciaram hoje o registo de cinco mortes em 25 casos suspeitos de cólera, no bairro Paraíso, município de Cacuaco, província de Luanda, divulgou o Ministério da Saúde.
Em Angola 37% das adolescentes e jovens entre 15 e os 19 anos de idade já tiveram uma gravidez e 45% já tiveram mais de um parceiro sexual, segundo dados recentes do Fundo das Nações Unidas para a População, (FNUAP) que colocam o país com uma das taxas mais elevadas neste quesito na África subsariana.
O Ministério da Saúde dá a conhecer que por via do seu sistema de vigilância epidemiológica, tomou conhecimento do surgimento de casos de intoxicação alimentar em algumas unidades sanitárias, com o registo de dois óbitos.