Num encontro com o Diário Económico, o antigo líder do BES fala da vontade de limpar o seu nome, mas deixa por responder, por motivos legais, as questões mais quentes sobre o banco.
Ricardo Salgado está proibido de falar com três pessoas, no âmbito das medidas de coacção que lhe foram impostas, depois de ter sido ouvido no Tribunal de Instrução Criminal.
O Novo Banco poderá ficar com o empréstimo de 3,3 bilhões de euros que o antigo BES concedeu ao BES Angola (BESA) e que as autoridades angolanas não vão pagar enquanto não estiver concluído o processo de saneamento daquele banco, apurou o Diário Económico.
Segundo avança o The New York Times, um grupo de investidores que foi atingido pela crise do BES afirma que “alguns empréstimos duvidosos concedidos pela subsidiária bancária do BES em Angola, o Banco Espírito Santo Angola (BESA), foram para o banco bom e não para o banco mau, onde pertenciam”. Os investidores ponderam avançar contra uma “ação legal contra os reguladores portugueses”.
Pagamento de subornos a entidades estrangeiras para assegurar negócios: é esta a violação legal que a as autoridades norte-americanas suspeitam ter sido cometida pela petrolífera Cobalt, que soube esta semana que a investigação em curso desde 2012, deverá mesmo desencadear um processo judicial.
O uso de dinheiro público na solução do BES provocou uma manifestação junto à antiga sede do Banco Espírito Santo, em Lisboa. A manifestação foi convocada através das redes sociais facebook e juntou centena e meia de pessoas, foram expondo aquilo que consideram ser uma "intervenção ilegítima".
Lei angolana trava a recuperação de um crédito de três bilhões de euros enquanto perdurar a intervenção das autoridades do país no Banco Espírito Santo Angola.