Este financiamento da IFC consiste em duas linhas de crédito de USD 50 milhões cada. Uma para aumentar o crédito à Pequenas e Médias Empresas (PME) em Angola e outra para financiar as aquisições de matéria-prima e equipamentos no exterior do país, por via de abertura de carta de crédito.
O crédito foi concedido mediante um acordo assinado hoje pelo administrador da área de riscos financeiros do Banco Millennium Atlântico, Éder Samuel de Sousa, e pelo director regional da IFC para África e Médio Oriente, Manuel Reyes-Retana.
Depois do acordo, Éder Samuel de Sousa disse que na concessão do crédito vão privilegiar projectos de sectores que contribuem para a economia como a pequena indústria ou uma área produtiva.
O necessitado deve ser cliente do banco e só poderá pedir um valor até cinco milhões de dólares norte-americanos, em qualquer um dos 130 pontos distribuídos nas 18 províncias de Angola.
Em relação ao crédito para o comércio internacional, isto é, para empresários que queiram importar, o director da área de riscos financeiros do Millennium Atlântico explicou que essa linha vai permitir fazer pagamentos de importações no exterior do país.
Em relação ao financiamento, o Presidente do Comissão Executiva do Atlântico afirmou que que o banco está empenhado em apoiar o empreendedorismo em Angola e acredita que a construção de um ambiente de pequenas empresas mais forte é fundamental para a diversificação economia e para o desenvolvimento do país.
Da parte do IFC, director regional para África e Médio Oriente disse que o crédito deverá ser reembolsado dentro de sete anos, mas escusou em revelar a taxa de juro aplicado no contrato de financiamento.
Realçou também que confia no seu parceiro (Millennium Atlântico) e que não é a primeira instituição com que faz negócio em Angola.
Uma das prioridades chave do IFC em Angola, segundo Manuel Reyes-Retana, é aumentar a inclusão financeira das PME, “e o acordo assinado hoje ajudará o Atlântico a ampliar significativamente as suas operações de crédito neste segmento”.
Por sua vez, O director regional do IFC para África subsaariana e para a Nigéria, Kevin Njiraini, referiu que Angola precisa de diversificar a sua economia e de criar empregos. “ Trabalhar com instituições financeiras que apoiem o crédito à pequenas e médias empresas é um passo importante para a concretização destas metas”, afirmou o gestor.
IFC estima que cerca de 92 por cento das pequenas e médias empresas em Angola não tenham acesso a financiamento, o que equivale e a um défice de financiamento de 34 milhões de dólares.