Como tudo no Universo, cada um dos nossos países e a África inteira, movemo-nos, incessantemente, em direcção ao futuro. Se ontem condicionados por situações e acontecimentos de então, como africanos, Angola e Moçambique não deveriam continuar a seguir como estamos: sempre acoplados a estratégias que já foram, provavelmente, úteis num passado cinquentenário, quando certo autoritarismo era “exigido” para a sobrevivência de dois grandes movimentos de libertação nacional: o MPLA e a FRELIMO.
Segundo a imprensa e as redes sociais, o Ministro dos Assuntos Externos da Ucrânia, Andrii Sybiha, visitará brevemente Angola. Esta visita sucede a uma conversa telefónica entre ele e o seu homólogo angolano, Teté António, a 15 de outubro. A visita do ministro ucraniano será mais um passo no sentido de aumentar a cooperação entre os dois países, o que já está a suscitar questões entre os observadores políticos e a sociedade civil em Angola.
Para os cidadãos mais atentos, já não há dúvidas de que a promessa do presidente João Lourenço de combater a corrupção em Angola se revelou ineficaz, assemelhando-se a uma cortina de fumo que oculta uma realidade sombria. Isto reforça a suspeita de que, sob a bandeira da honestidade, se esconde um verdadeiro império de corrupção.
Não há nada de novo. Assim como em quase tudo neste país, as atrocidades na justiça não fazem questão de esconder-se do manto da indecência. No estado da Nação, o rei vai literalmente nu. Nem um extraterrestre humanoide o negaria.
O Chefe de Estado angolano escolheu há dias a maior tribuna mundial, mais concretamente a 79.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, para denunciar uma suposta falta de colaboração de certos países ocidentais em relação ao repatriamento do dinheiro que foi levado (i)licitamente de Angola para o estrangeiro, ao longo de vários anos.