O Banco Nacional de Angola (BNA) deixou de ser o principal provedor de moeda estrangeira na economia, no âmbito das reformas do mercado cambial, deu a conhecer o vice-governador da instituição, Manuel António Tiago Dias, num webinar em que participaram especialistas de bancos centrais de alguns países da SADC, Portugal, do FMI e da Bloomberg.
O Kwanza apreciou 3% face ao euro e 1% face ao dólar entre Janeiro e Junho, beneficiando da redução da procura por divisas por parte do mercado e por uma estratégia do Banco Nacional de Angola (BNA) que entende que o Kwanza tenha já atingido o seu ponto de equilíbrio, não havendo deste modo mais margens para a sua desvalorização, de acordo com vários analistas do mercado consultados pelo Expansão. Até esta quarta-feira, cada euro valia no mercado oficial de câmbio 769,3 Kz.
A consultora NKC African Economics considera que a valorização de 2,4% do kwanza no primeiro semestre será anulada até final deste ano, com o kwanza a perder cerca de 11%, para 645 por dólar.
Se, por um lado, a libertação dos depósitos em Kwanzas que os bancos estavam obrigados a realizar no banco central para cumprir 2 pontos percentuais os 17% de reservas obrigatórias em moeda estrangeira vai permitir aumentar a liquidez na economia em moeda nacional, por outro, o aumento da taxa de reservas em moeda estrangeira de 17% para 22% vai secar liquidez dos bancos em dólares.
A moeda nacional, o Kwanza, depreciou, em Abril último, 3,25% face ao Dólar e 6,08% em relação ao Euro, o que reduziu a apreciação acumulada para 0,51% e 1,94%, respectivamente.