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Quinta, 14 Mai 2015 11:45

Activista Cabindense, Arão Tempo está em liberdade após dois meses de detenção

Um dos dois activistas detidos preventivamente em Cabinda desde 14 de Março foi ontem libertado na sequência de diligências naquela província de uma delegação da Procuradoria-Geral da República, disse à Lusa o seu advogado.

“Não tenho mais informação, mas posso confirmar que o doutor Arão Bula Tempo e o seu cliente [que também estava detido], foram libertados esta tarde. Para já, permanece detido o senhor José Marcos Mavungo”, afirmou o advogado dos dois ativistas, Francisco Luemba.

José Marcos Mavungo, de 52 anos, activista dos direitos humanos, que continua detido, e Arão Bula Tempo, de 56 anos, advogado e presidente do Conselho Provincial de Cabinda da Ordem dos Advogados de Angola, estão indiciados, mas ainda sem acusação formal, por alegados crimes contra a segurança do Estado.

Para o dia em que foram detidos estava prevista uma marcha de protesto contra a alegada má governação de Cabinda e violação dos direitos humanos – que acabou por não se realizar -, na organização da qual estavam envolvidos.

O prazo limite de 45 dias para a prisão preventiva de ambos esgotou-se a 28 de Abril sem que fosse conhecida na altura qualquer decisão sobre a manutenção desta medida de coação.

“Está de visita a Cabinda uma delegação da Procuradoria-Geral da República, que veio avaliar a situação dos dois processos. Na sequência dessa avaliação foi ordenada esta libertação, pelo que sabemos”, explicou o advogado Francisco Luemba.

O conselho nacional da Ordem dos Advogados de Angola chegou a avançar com um pedido de ‘habeas corpus’, para a libertação de Arão Tempo, processo que transitou do tribunal de Cabinda para o Supremo.

“Todas estas irregularidades que denunciámos terão contribuído para este desfecho”, concluiu o advogado.

LUSA