Segunda, 13 de Outubro de 2025
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Segunda, 13 Outubro 2025 15:21

Trocas comerciais entre Angola e China atingiram os 24 mil milhões de dólares em 2024

Angola e China disseram hoje que atingiram uma pareceria empresarial “ativa, contínua e mutuamente benéfica” destacando o volume de trocas comerciais que atingiu os 24 mil milhões de dólares (20,6 mil milhões de euros) em 2024.

O nível da cooperação bilateral entre ambos dos países foi hoje destacado pelo presidente da Câmara de Comércio Angola – China (CAC), Luís Cupenela e pelo embaixador da China em Angola, Zhang Bin, em Luanda.

De acordo a caracterização da balança de pegamento de 2023 a 2024, o volume das trocas comerciais entre Angola e China registou uma variação mínima de mais de 1% de 23,8 a 24 mil milhões de dólares, mantendo o “stock” do investimento acima dos 27 mil milhões de dólares (23 mil milhões de euros), disse o presidente da CAC.

Em declarações na abertura da conferência sobre “A Influência do Setor Empresarial Chinês na Economia Nacional de Angola”, iniciativa da CAC e da TV Zimbo, que decorre hoje em Luanda, Luís Cupenala sinalizou que aproximadamente 5 mil milhões de dólares do global do investimento chinês no país africano foram direcionados ao setor não petrolífero.

“A cooperação com o gigante asiático traduz-se em benefícios e progresso mútuo, desde que saibamos com sabedoria e proficiência tirar maiores vantagens, pois a China está comprometida em buscar um desenvolvimento de alta qualidade, servindo como um pilar da estabilidade socioeconómica global”, referiu.

Cupenela fez saber que mais de 500 empresas de direito angolano com capital chinês operam em Angola, “onde encontraram a sua segunda pátria e participam no quotidiano e ombro a ombro com angolanos na dinâmica económica do país”.

Apesar das “incertezas” resultantes dos choques e instabilidade económica global, observou o presidente da CAC, a China e os empresários chineses continuam a acreditar no futuro de uma Angola comprometida com o progresso.

“O nível do aprofundamento de relações de cooperação e parceria estratégica, construídas ao longo dos 42 anos, mantém a acesa a chama de contínua manutenção das trocas comerciais, dos investimentos e do benefício recíproco entre os dois países”, assinalou ainda o responsável.

Zhang Bin, por sua vez, também destacou o investimento chinês em Angola e o grau de cooperação entre Luanda e Pequim referindo que nos últimos 42 anos a cooperação económica e comercial entre os dois países alcançou “progressos notáveis e levou a resultados frutíferos, visíveis e tangíveis”.

O diplomata chinês assinalou a participação “ativa” do seu país na reconstrução de Angola, na construção de caminhos-de-ferro, estradas, portos, aeroportos, hospitais, habitações e sistemas de distribuição de água.

O comércio bilateral anual superior a 20 mil milhões de dólares bem como o stock de investimento de 27 mil milhões dólares foram igualmente enaltecidos pelo embaixador chinês, realçando ainda os investimentos nos setores da agricultura, mineração, finanças, processamentos, parques industriais, imobiliário e serviços.

“O investimento e a cooperação comercial das empresas chinesas em Angola não só criaram inúmeros postos de trabalho e receitas fiscais, como também formaram um número significativo de profissionais e técnicos qualificados, promovendo, de forma eficaz, a diversificação da economia angolana”, concluiu Zhang Bin.

E o coordenador geral da TV Zimbo – televisão angolana detida pelo Estado na sequência do processo de recuperação de ativos – Paulo Julião, considerou, na sua intervenção, que a presença do setor empresarial chinês em Angola “é hoje um dos pilares” da cooperação económica internacional, visível em diversos setores.

A conferência assinala os 17 anos da televisão, os 42 anos de cooperação Angola-China e os 50 anos de independência de Angola, que serão celebrados em 11 de novembro próximo.

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