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Quarta, 30 Agosto 2023 23:31

Paul Biya de Camarões e Paul Kagame de Rwanda reorganizam exércitos após golpe no Gabão

Pouco tempo depois do golpe no Gabão desta quarta-feira (30), o presidente de Camarões, Paul Biya e Presidente Ruandês, Paul Kagame, publicaram decretos para reorganizando as Forças Armadas.

O documento assinado pelo Paul Biya nomeia funcionários para a pasta. No artigo 1º deste, ele afirma que “os dirigentes pessoais cujos nomes seguem são, a partir da data da assinatura deste decreto, nomeados para os cargos abaixo na administração central do Ministério da Defesa”.

É importante destacarmos que Biya é um dos presidentes mais velhos da África e já possui muito tempo no poder (41 anos, sendo eleito como segundo chefe do Executivo do país em 1982). Por isso, alguns especialistas consideram que não só Camarões, como também o Senegal são dois países que estão próximos de sofrer um processo semelhante ao do Gabão.

Confira, abaixo, os decretos divulgados pelo governo de Camarões:

 O Presidente da República Ruandês Paul Kagame passou à reforma vários oficiais superiores do exército, incluindo o General James Kabarebe, conhecido por ter sido um elemento-chave na primeira e segunda guerras do Republica Democrática do Congo, Kabarebe está a retirar-se do serviço activo, mantendo ao mesmo tempo influência na comitiva do chefe de Estado ruandês.

"Paul Kagame é um ditador que governa o Ruanda com mão firme - e não apenas desde 2000, mas na verdade desde 1994", diz o dissidente David Himbara. Após o genocídio e a vitória de Kagame na guerra civil em 1994, Pasteur Bizimungu foi colocado no posto de Presidente do Ruanda, tendo o próprio Kagame ficado com os cargos de vice-presidente e ministro da Defesa. "De facto, porém, ele já na altura tinha o poder ilimitado no Ruanda", afirma Himbara.

Himbara não é um mero observador distante, mas sim um homem que chegou a ocupar o cargo de "secretário particular" do Presidente durante seis anos. Quando Paul Kagame chegou ao topo em abril de 2000, ele nomeou Himbara para a sua equipa de consultores. Anos depois Himbara distanciou-se de Kagame e fugiu para o Canadá, onde cresceu.

"Agressivo, descontrolado, violento"

Kagame e as suas milícias tutsis, da "Frente Patriótica do Ruanda" (RPF), chegaram do vizinho Uganda como libertadores e conquistadores, enquanto o Ruanda se afundava no terror do genocídio praticado pelos hutus contra os tutsis. O seu passado militar ainda hoje é visível, diz David Himbara: "Kagame foi socializado na guerra. Ele é uma pessoa muito agressiva, descontrolada e violenta".

Confira, abaixo, os decretos divulgados pelo governo de Rwanda:

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