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Sexta, 04 Agosto 2023 20:39

Centralidades: 65 por cento dos moradores do Kilamba e Sequele não pagam renda resolúvel

Uma campanha para a recuperação de rendas resolúveis nas centralidades do Kilamba e Sequele, em Luanda, vai ser lançada, este mês de Agosto, pelo Fundo de Fomento Habitacional (FHH), devido às dívidas elevadas dos moradores, na ordem dos 65 por cento.

Esta informação foi prestada hoje pelo presidente do Conselho de Administração do FFH, Hermenegildo Gaspar, tendo dito, na ocasião, que Kilamba e Sequele são duas centralidades críticas em termos de pagamento de renda resolúvel.

“Temos dois problemas críticos que tem a ver com as centralidades do Kilamba e Sequele: São as mais críticas para nós em termos de inadimplência”, lamentou o gestor.

Para as outras centralidades, a nível do país, o incumprimento do pagamento das rendas está em torno dos 45%, segundo o responsável que falava no tradicional Matabicho com a Imprensa “ Press breakfast”, entre a ministra das Finanças, Vera Daves, e jornalistas.

Face à situação, o Fundo, disse a fonte, está a preparar os sistemas e as condições para iniciarem, numa primeira fase, com os processos de sensibilização dos moradores.

Passada à fase de sensibilização, o FFH vai avançar para um processo mais coercivo, sem, no entanto, referir-se sobre a possibilidade de despejos.

“Já temos o aval dos ministros das Finanças e das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação para iniciarmos com a campanha de recuperação do crédito”, afirmou o gestor.

Segundo o responsável, que não precisou, os montantes são bastantes elevados e fazem falta ao Fundo para a construção de outras habitações.

Neste momento, acrescentou, o FFH precisa, a título de exemplo, pagar facturas de empreiteiros em valores acima dos 15 mil milhões de kwanzas.

“ Se conseguíssemos recuperar este dinheiro não teríamos grandes problemas em pagar esses empreiteiros”, sublinhou.

Actualmente, a centralidade do Kilamba tem 20 mil apartamentso correspondente a 710 edifícios de quatro, oito e 12 andares (pisos), de tipologia T3, T3+1 e T5.

Residências desabitadas

Outro problema com que o Fundo de Fomento Habitacional se depara está relacionado com as várias residências entregues aos beneficiários, mas muitas encontra-se fechadas.

Para o PCA do FFH, pressupõem-se que os beneficiários nestas condições não precisam dos mesmos.

“Vamos avaliar a situação, de facto temos um contrato promessa, mas se as pessoas não precisam das casas temos de encontrar um meio termo para resolver este problema”, afirmou.

A situação será analisada a nível do Ministério das Obras Públicas, Urbanismos e Habitação para a tomada de decisões que se impõem.

As centralidades concluídas em Angola, num total de 24, o equivalente a 85 mil habitações foram já todas comercializadas pelo Fundo de Fomento Habitacional (FFH).

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