Este é um dos pontos do comunicado final sobre a reunião tripartida entre a diplomacia ruandesa, congolesa e angolana, que teve lugar hoje em Luanda, e foi divulgado esta noite.
O encontro realizou-se na sede do Ministério das Relações Exteriores de Angola, após os ministros dos Negócio Estrangeiros e da Cooperação Internacional do Ruanda, Vincent Biruta, e o seu homólogo da RD Congo, Christophe Lutundula Apala Pen’Apala, terem sido recebidos em audiência pelo Presidente angolano, João Lourenço, que preside também atualmente à Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos.
O objetivo foi relançar o diálogo entre os dois países face ao agravamento da tensão nas últimas semanas, com os rebeldes do M23, movimento que as autoridades de Kinshasa dizem ser apoiado pelo Ruanda, a ganhar o controlo de várias localidades, o que terá obrigado ao êxodo de mais de 200 mil pessoas.
No final da reunião, os ministros acordaram também a definição de um cronograma para acelerar a implementação do roteiro de Luanda, de 06 de julho de 2022, que visa estabelecer o caminho para a paz e o desdobramento imediato do mecanismo de verificação ad-hoc em Goma (RD Congo).
Os ministros comprometeram-se a prosseguir os esforços “para uma evolução encorajadora no terreno e preparar a próxima cimeira tripartida”, segundo o comunicado.
Foi também proposta a realização de reuniões de coordenação a todos os níveis entre o Processo de Luanda e o Processo de Nairobi, recomendando-se à mediação que efetue diligências nesse sentido.