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Quinta, 21 Fevereiro 2019 16:00

Luanda terá 80% de cobertura de transportes até 2030

Oitenta por cento da população de Luanda terá acesso conveniente ao transporte público até 2030, com a construção de 207 quilómetros (KM) de linha férrea de sistemas totalmente segregados e 317 KM parcialmente segregados.

A informação foi avançada hoje pela engenheira Neusa Inglês, do Ministério do Ordenamento do Território e Habitação, quando apresentava o tema “O Plano Director Geral de Luanda como Instrumento de Apoio à Mobilidade Urbana ” na 1ª Conferência Internacional sobre Mobilidade, realizada na cidade capital.

De acordo com a engenheira, a implementação do Plano Director Geral de Luanda (PDGL) 2015/2030 vai permitir a construção de 207 KM de linha para o comboio suburbano e 44 KM para o comboio de alta velocidade, com vista a redução da pressão automóvel sobre a futura rede rodoviária, ao eliminar até 40% das deslocações que de outra forma seriam realizadas por veículos privados.

Acrescentou que, no âmbito do PDGL, mais de cinco milhões de deslocações diárias serão fornecidas por um sistema de transportes público formal e integrado com múltiplos níveis.

Em 2015, período em que foi realizado o estudo, a mobilidade no trânsito de Luanda era de 7,6 quilómetros por horas (KM/H), com um parque automóvel de pelo menos 455 mil carros. Até 2030, prevê-se um aumento de 400 % em termos de frota automóvel e chegar a uma velocidade média de 29 KM/H.

Segundo o estudo, a quota modal equilibrada para o futuro será de 29% das viagens de veículos privados, contra 18% de 2015, as viagens de transporte público serão 34% em 2030, contra os 22% actuais e as viagens não motorizadas cairão para 37%, em 2030 contra os actuais 60 %.

A rede ligada com conectores este-oeste e norte-sul para uma expansão urbana regulada e equilibrada propiciará a construção e melhoria de 500 KM de estradas primárias, mil 50 KM estradas secundárias e mil e 210 KM de estradas terciárias.

A perspectiva é abrir novas linhas para o transporte marítimo de passageiros em catamarãs, corredores de natureza ferroviária (circular ferroviária na via expressa, corredor ferroviário de Camama, trabalho de duplicação do troço ferroviário Bungo-Catete, ligação ferroviária Norte/Sul, futura ligação ferroviária ao novo aeroporto).

A implementação de um metro ligeiro de superfície para província de Luanda e o terminal marítimo de Cacuaco constam também destes estudos, que prevêem manter os táxis (azuis e branco), as moto táxis, entre outros para complementarem as zonas de difícil acesso dos autocarros e do metro.

Para melhorar a mobilidade em Luanda será necessária a construção de mais estradas, implementação de comboio em massa, metros de superfície e não só, a melhoria e o aumento do sistema de transporte marítimo.

A criação dessas condições vai permitir a redução do tempo de estrada e aumentar o tempo de trabalho e dar resposta ao crescimento demográfico de Luanda de 8 milhões, que nos próximos 15 anos poderá ascender a 13 milhões de habitantes.

Por sua vez, o comandante da Unidade de Trânsito de Luanda, Rock Silva, afirmou que quanto maior for a mobilidade rodoviária, menos efectivos serão colocados nas vias para a fiscalização.

O Plano Director de Luanda apresenta estratégias e orientações para o desenvolvimento integrado baseado no PDGML que dá soluções de acessibilidade e melhoria rodoviárias da província de Luanda e o sistema de transporte público.

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