O economista Precioso Domingos considerou hoje que o setor da construção em Angola, um dos maiores contribuintes de receitas fora do petróleo, está já a ressentir-se do impacto do novo coronavírus devido à diminuição das importações da China.
Os operadores petrolíferos estão com dificuldades em vender crude da África Ocidental, numa altura em que o coronavírus está a reduzir a procura por parte da China e em que os refinadores europeus hesitam em comprar devido às margens fracas.
O economista angolano Francisco Paulo admite que o impacto do Covid-19 na China, principal parceiro comercial de Angola, vai afetar as receitas do petróleo e as importações de bens e serviços para o país, cuja escassez deve ser acautelada.
O director da consultora EXX Africa avisa que o Governo deverá, nos próximos dias, ver-se forçado a aumentar a austeridade defendida pelo FMI, face à recusa dos empresários norte-americanos de investirem no país.
Após ter visto fracassados projectos para a exportação de frutas, a província angolana de Benguela poderá regressar a mercados internacionais com a banana, a manga e o ananás, agora à boleia do combate à corrupção, ao qual as autoridades acrescentam a extinção da figura do governante/empresário.
O Banco Nacional de Angola (BNA) vai levar a leilão 800 milhões de dólares (716 milhões de euros) nos meses de março e abril, menos 300 milhões (268 milhões de euros) do que nos dois meses precedentes, informou a instituição num comunicado.
A corretora de matérias-primas Trafigura financiou a compra das ações que o general 'Dino' detinha na Puma Energy, num acordo avaliado em 400 milhões de dólares, reduzindo a participação do general angolano para menos de 5%.