Começo por um facto positivo. Depois de muito tempo a criticar a ausência de contraditório na comunicação social pública, tenho de reconhecer que nos últimos tempos se registam algumas mudanças tímidas, principalmente na Televisão Pública e na Rádio Nacional. A presença de vozes dissonantes em relação ao status quo nos debates televisivos, criticando severamente certas opções do Executivo, incluindo o tabu da corrupção, é um indicador interessante. O Jornal de Angola, esse, continua tristemente agarrado a critérios dinossáuricos no modo como nele se opina e, mais grave, dá notícias.