Para Ekuikui o grande legado do actual presidente da República “é de miséria, divisão e sofrimento”.
Em entrevista a O Decreto, o dirigente da juventude da UNITA afirmou que o actual chefe de Estado “não conseguiu responder às expectativas dos angolanos” e que o seu mandato ficará marcado pela incapacidade de resolver problemas estruturais: “O povo continua a viver na pobreza extrema, sem oportunidades e sem esperança. Esse será o seu legado”, declarou Ekuikui.
O secretário-geral da JURA destacou que, apesar das promessas de combate à corrupção, a realidade mostra que “o regime continua a proteger interesses de grupos próximos ao poder”.
“O Presidente falou muito em transparência, mas na prática nada mudou. A corrupção continua viva, apenas mudou de protagonistas”, sublinhou.
Ekuikui insistiu que a juventude angolana sente mais do que nunca o peso da má governação: “Os jovens estão sem emprego, sem casa, sem perspectivas. O governo falhou em dar respostas e condenou a nova geração à exclusão social”, afirmou.
Questionado sobre o papel da UNITA neste cenário, o dirigente garantiu que o seu partido “está preparado para governar Angola” e que as propostas apresentadas vão além da crítica: “Temos soluções para combater a fome, reduzir o desemprego e criar uma verdadeira democracia. Não estamos apenas a apontar erros, estamos a oferecer alternativas”, disse.
Ekuikui rejeitou também a ideia de que a UNITA não esteja unido. “A UNITA está firme, mobilizada e consciente da responsabilidade que carrega. O nosso compromisso é com o povo e com a mudança real”, assegurou.
Sobre a possibilidade de avançar como candidato a líder da UNITA, o secretário-geral da JURA afastou essa hipótese, dizendo que “ainda não é o seu momento”.