O anúncio foi feito, esta terça-feira, em Luanda, pelo responsável sénior do Bureau dos Assuntos Africanos do Departamento dos EUA, Troy Fitrell, durante a conferência de imprensa concedida pela delegação norte-americana, no quadro da Cimeira EUA-África, que termina esta quinta, na capital angolana.
Na ocasião, sublinhou que metade desse valor “não fazia parte do projecto inicial, mas em função da importância e vantagens mútuas que essa infra-estrutura oferece, os investidores americanos estão disponíveis a “injectar” mais dinheiro no Corredor do Lobito.
Questionado sobre o possível atraso no início da aplicação do financiamento no projecto, que esteve programado para o primeiro trimestre deste ano, o também embaixador norte-americano justificou que este facto se deve à extensão e complexidade deste caminho-de-ferro que liga Angola à RDC e à Zâmbia, um cenário que pode demorar algum tempo para fazer acertos.
“A implementação do projecto, não está em risco, porque os EUA estão, profundamente, comprometidos com esta infra-estrutura, tendo em conta as oportunidades de negócios existente ao longo da linha férrea”, clarificou.
Segundo Troy Fitrell, todas as partes interessadas (Governos, investidores e parceiros) estão a trabalhar, incansavelmente, para dar sequência ao projecto, por representar ganhos recíprocos para o continente africano e para os Estados Unidos de América.
Considerou o Corredor do Lobito como um exemplo que vai continuar a ser apoiado pelos EUA em outros países africanos.
Por seu turno, o director interino da Agência de Desenvolvimento do Comércio dos EUA, Tom Hardy, adiantou que o Governo norte-americano tem vários projectos africanos em carteira para financiar, com realce para o sector energético, transportes e tecnologia.
Organizada pelo Corporate Council on Africa (CCA), em parceria com o Governo angolano, a cimeira reúne mais de dois mil e 800 participantes, entre líderes empresariais, investidores e representantes governamentais dos Estados Unidos e de vários países africanos.
Ao longo dos três dias de trabalhos, estão em análise temas cruciais para o desenvolvimento do continente, como comércio, investimento e parcerias nos sectores da energia, infra-estruturas, agro-negócio, saúde, tecnologias digitais e indústrias criativas.
A programação inclui sessões plenárias de alto nível, diálogos sectoriais, mesas-redondas privadas, encontros de networking e uma feira de exposição de soluções tecnológicas.
Esta edição ocorre num ano simbólico para Angola, que assinala o 50.° aniversário da sua independência, celebrada a 11 de Novembro.
