Segundo, Mário Nascimento, os bancos filiados na agremiação têm estado a cumprir as regras a que estão obrigados e até agora não houve indício de alguma irregularidade constante de algum relatório em sua posse, pelo que aguarda pelo andamento das investigações e o fornecimento de mais detalhes em torno do processo.
O presidente da agremiação dos bancos a operarem no país, revelou em exclusivo a OPAÍS que, respeita o princípio do Segredo de Justiça, não tem suspeição sobre nenhum dos seus membros à luz do que sabe pela via dos relatórios e aguarda sereno por mais desenvolvimentos.
Tudo que sabe é o que foi noticiado pela imprensa e é também de seu interesse que se venha a conhecer quem eventualmente terá sido o prevaricador.
“Precisamos saber qual foi o banco que não cumpriu”, comentou Mário Nascimento numa curta declaração por telefone ao nosso Jornal.
Entretanto, fontes de alguns membros da agremiação, defendem que o Banco Nacional de Angola deve revelar com maior brevidade a identidade do banco comercial de onde terão saído as cédulas apreendidas no âmbito da “Operação Caranguejo” a bem do “bom nome de todo o sector”
As nossas fontes consideram “não ser abonatório” à imagem de todo o sector e a bem da salvaguarda das restantes instituições é bom que o público conheça quem é a “batata pobre” a meio este imbróglio.
Ao ter admitido que as cédulas saíram da sua casa forte e terão parado nas mãos do principal implicado pela via de um “banco comercial ou bancos comerciais” o BNA acaba de “colocar uma mancha negra sobre todos os operadores” que até prova em contrário tornaram-se putativos suspeitos e potenciais instituições participes da fraude.
“Não abona a favor de toda a banca comercial a imagem de suspeição que paira sobre todo o sector e apesar de o Segredo de Justiça ser um instituto que deve ser respeitado na salvaguarda da investigação e descoberta da verdade, urge tornar pública a identidade do banco ou bancos partícipes”, enfatizou um membro da ABANC que, entretanto, apela ao anonimato.
Em comunicado tornado público a 26 do mês passado, o banco central, admitiu que, na sequência da publicação de informação sobre a “Operação Caranguejo”, em que volumes de notas com selos do Banco Nacional de Angola foram apreendidos, apenas ele (BNA) era a instituição vocacionada à luz da Constituição, a deter direitos exclusivos de emissão de moeda com curso legal no país, pelo que todas as notas e moedas metálicas legítimas do Kwanza em circulação na economia têm como origem os seus cofres.
Explica na nota que é igualmente sua responsabilidade “controlar a moeda em circulação em termos de valores e qualidade (…) recebe dos bancos comerciais as notas que estes recebem do público consideradas superiores às suas necessidades de caixa e disponibiliza-as aos bancos comerciais. OPAIS