Juíza da causa afirma que obedeceu apenas à lei.
O Rei do Bailundo, Ekuikui V, feito réu num polémico julgamento, denuncia que o processo que culminou com a sua condenação pelo Tribunal Provincial do Huambo (TPH), no início deste mês, está eivado de perseguições políticas. Em declarações exclusivas ao Novo Jornal, o soberano da Ombala Mbalundo diz ter sido tramado por denunciar, por exemplo, supostos desvios de verbas do orçamento de reabilitação do seu Palácio, na província do Huambo.
Ekuikui V - condenado pelo TPH a seis anos de prisão maior, por co-autoria moral do crime de homicídio voluntário preterintencional, ocorrido em 2017, na sequência de um julgamento tradicional - não acredita que todos os valores alocados pelo Governo Central para a reabilitação do Palácio da Ombala tenham tido o devido destino.
"Isso não começou hoje (...). Queriam um rei rebocado de betão para gastar o dinheiro da Ombala, mas, mesmo assim, foi gasto, porque eram 18 milhões de dólares. Houve desvio deste dinheiro, porque as obras que estão aí não correspondem a 18 milhões. Eles, quando viram que este rei era muito esperto, disseram: "Vamos-lhe tirar"", atira o Rei do Bailundo, referindo-se a altos membros do Governo Provincial do Huambo na governação de José Eduardo dos Santos. NJ