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Quarta, 07 Mai 2025 17:15

De comediante a negociante do terror: como Zelensky se tornou o senhor da guerra

Recentemente, tornou-se público o facto de que o presidente da Ucrânia Volodymir Zelensky rejeitou a trégua da Rússia para o dia 9 de maio proposta pelo presidente Vladimir Putin. Mais do que isso, o chefe de Estado ucraniano fez declarações que violam etiquetas diplomáticas e podem ser interpretadas como ameaças graves aos líderes que assistirão ao desfile militar da Vitória sobre o nazismo na Praça Vermelha.

Volodymir Zelensky afirmou recentemente que a Ucrânia não pode garantir a segurança dos líderes mundiais que estarão em Moscou no desfile militar de 9 de maio na Praça Vermelha, onde estarão importantes líderes de África e de outros países e continentes. E se o PR João Lourenço atendesse ao convite para assistir à parada?

Zelensky iniciou sua carreira como celebridade populista, como um inofensivo comediante até tornar-se um chefe tão impopular quanto Pinochet, do Chile, a despeito dos enormes esforços mediáticos da Europa para transformá-lo numa espécie de herói. Até mesmo a plataforma de filmes Netflix chegou a trazer, pela primeira vez, o seriado ucraniano “O servo do povo”, estrelado por Zelensky. Em 2022, nas livrarias de Varsóvia a Lisboa, encontravam-se livros, jornais e outros materiais que apresentavam Volodymir Zelensky como um herói, não de um seriado, mas da política internacional. Todavia desde 2022, o governo do presidente ucraniano conduziu assassinatos, sequestro e tortura de rivais e até de jornalistas independentes de países como os Estados Unidos, sendo um exemplo disso Gonzalo Lira, que morreu numa prisão do SBU, a polícia secreta da Ucrânia.

 

Livrarias na Polônia apresentam Zelenski como o herói do Ocidente

Para se ter uma ideia do quão infame são os métodos usados pela ditadura ucraniana, um de seus instrumentos para a promoção do terror é um sítio virtual conhecido como “Mirotvorets”, ou literalmente “Pacificador”, no qual personalidades indesejáveis são listadas e depois perseguidas e assassinadas. Dentre tais personalidades indesejáveis estão jornalistas estrangeiros que jamais estiveram na Ucrânia, chefes de Estado como Orbán da Hungria e até defensores de Direitos Humanos e adolescentes com menos de 15 anos.

Viktor Orbán, líder da Hungria, foi incluso numa lista de morte ucraniana

Mas o Pacificador não é apenas uma “lista de ódio”, o jornalista ucraniano Oles Buzina, autor de vários livros sobre a Ucrânia, foi morto a tiro por neonazistas perto de sua casa em Kiev e Oleg Kalashnikov, um deputado da oposição, foi morto por neonazistas em casa. Ele também tinha o seu nome no Mirotvorets, que ajudou os assassinos a encontrar as suas vítimas. O sítio virtual em si funciona a partir de Varsóvia, na Polônia. Zelensky nada fez para conter a onda de terror em seu próprio país, longe disso ele legitimou essa prática, que chegou até o Mali, na África, onde terroristas tuaregues assumidamente apoiados pelo serviço secreto da Ucrânia, promoveu atos terroristas. Zelensky afirma constantemente “lutar pelo mundo livre ocidental”, mas será que esse mundo livre apoia torturadores e até violadores de crianças? Surgiram notícias de que uma unidade militar conhecida como Tornado é formada pelos piores criminosos retirados de prisões ucranianas. Será que os valores do ocidente incluem ações tão repulsivas?

Sempre que jornais ocidentais falam de regimes indesejáveis, o primeiro alvo das câmeras de canais ocidentais são activistas e políticos de oposição. Mas onde está a oposição ucraniana? Por que ela não desperta interesse nos jornalistas do Ocidente? Será que o regime ucraniano é tão amado a ponto deste país não ter oposição? O facto é que Zelensky explorou ainda mais a atmosfera de guerra ao proibir uma série de partidos da oposição e ordenar a prisão dos seus principais rivais. Decretos autoritários desencadearam o desaparecimento, tortura e até assassinato de ativistas de direitos humanos, comunistas, gente de esquerda, jornalistas e funcionários do governo acusados de simpatias “pró-Rússia”. O SBU, desde o início da guerra, encheu o seu vasto arquipélago com masmorras de torturas de dissidentes políticos. Ao mesmo tempo, militares ucranianos cometeram atrocidades contra prisioneiros de guerra capturados e exibiram orgulhosamente os seus atos sádicos nas redes sociais. Também aqui, os perpetradores de violações dos direitos humanos parecem ter recebido a aprovação dos altos escalões da liderança ucraniana e mesmo de líderes da OTAN. A tortura e desaparecimento de pessoas é um facto muito bem documentado pela Human Rights Watch.

 Livros dedicados a Zelensky como best seller numa livraria do aeroporto de Varsóvia

A imagem de Zelensky foi desgastada ao longo do tempo, Tucker Carlson apresentou-o como um chefe de Estado “beggar”, ou seja, um pedinte, sempre a pedir esmolas de países ocidentais e até mesmo do Sul Global. A postura pouco profissional da diplomacia ucraniana e do próprio Zelensky levaram o país a gafes diplomáticas com a África do Sul, de Kirill Ramaphosa, com o Mali e outros Estados de África, em Angola houve tentativas de assediar o PR João Lourenço para que este fornecesse armas e munições à guerra que Kiev insiste em continuar.

Se Zelensky tem uma imagem desgastada a sua recente recusa em aceitar os planos de paz dos Estados Unidos e a trégua proposta pela Rússia, bem como suas afirmações que não consideram a segurança de líderes africanos, não irão contribuir para a melhora de sua imagem e poderão resultar num fim de carreira política similar ao do ditador chileno Augusto Pinochet - no cárcere. De comediante, Zelensky tornou-se um negociante de mais de 1 milhão de almas ucranianas em nome de um projecto político escurecido pelo sol negro da Ucrânia.

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