Segunda, 29 de Abril de 2024
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Quinta, 02 Janeiro 2020 09:34

A mentira: como pedra angular do exercício político em Angola

Se no futuro existir um medidor de mentiras, o actual Governo angolano liderado pelo General João Lourenço ganhará o prémio Nobel da era da mentira. O actual Governo liderado pelo General João Lourenço assume uma filosofia da mentira, tornando – a necessária para a conquista da mente do povo angolano.

Quando profere que foi JES quem estragou o País, quer afirmar que ele (Presidente João Lourenço) não fez parte da cúpula de JES, quando este era Presidente da República. João Lourenço aplica a mentira como chave do seu Governo, ele (PR João Lourenço) foi durante muitos anos, na era eduardista, membro do Bureau Político do MPLA, ministro da Defesa, membro do executivo, e exerceu variadas posições políticas, razão pela qual, JES lhe entregou de bandeja, sem eleições internas, sequer, no MPLA, todos os poderes do país. Desde logo, seria mais ético que ele afirmasse: “nós do MPLA estragamos o País”, e, não lançar todas as culpas ao passado, querendo se fazer de um anjo caído dos céus, ao passo que este nunca foi anjo algum.

Mas a mentira precisa ser estudada e analisada antes de ser aplicada como a chave mestra da política. É necessário colocar a razão em acção para que a mentira não se tenha de transformar em miséria dotada de inveja pelo passado. A falsa afirmação de que os eduardistas estragaram o País, de que todos os que pertenceram ao executivo de Eduardo dos Santos são marimbondos, gera, no convívio interno do MPLA enorme incómodo entre colegas do mesmo Partido. No tempo de Eduardo dos Santos para além de Eduardistas não existia uma outra ala política, senão simplesmente os netistas, desde logo, João Lourenço, sendo desse tempo também é um dos tantos que ele aponta serem responsáveis pelo actual quadro que o País hoje enfrenta. Tornando assim vã a mentira que serve de arma para humilhar os demais colegas do Partido MPLA.

Sendo o anterior Governo um insucesso tal quanto o actual Executivo afirma, não se observa lógica alguma que inocente o presente do passado, porque o presente é consequência do passado, desde logo, todos eles falharam.

Os conteúdos das afirmações do actual executivo não expressam nenhum teor de lógica, nem de verdade, tratam factos totalmente abstractos, inexistentes no mundo real. João Lourenço não é nenhum inocente, foi membro basilar do executivo de José Eduardo dos Santos, desde logo, estando ele a dizer que está a combater o ninho de “Marimbondos”, e, sendo este, um dos membros basilares deste ninho, ele, faz parte de um dos membros que ele mesmo está a tratar de serem marimbondos, desde logo, ele é um deles. Inversamente à isso, João Lourenço está a combater à si mesmo e a sua própria espécie chamada MPLA. Se diz que estragaram o País, inversamente a isso, ele é um dos tantos que acha terem estragado o País, porque sempre ocupou lugares de destaques no seio do MPLA.

Se for para culpar o anterior Governo, as mesmas culpas recaem sobre o actual Governo, porque o actual Governo, foi o mesmo Governo que terá dirigido o destino do País no passado, somente mudou – se o Presidente, e alguns membros de Governo. MPLA deveria aceitar os seus erros, e, adoptar uma medida sábia para combater a corrupção, ao invés de culpar JES e seu regime, e se inocentar, ao passo que, JES foi presidente do MPLA, nunca foi Presidente da UNITA, nem da FNLA, não se percebe hoje pessoas afirmarem que o MPLA nunca governou Angola, quem governou Angola afinal se o MPLA nunca governou Angola? Desde logo, que Partido JES dirigia quando era Presidente da República? Não se sabe.

A guerra psicológica imposta contra JES e sua clã vai afundar o MPLA, e acabar com o próprio MPLA, porque na verdade, todos do MPLA que na altura fizeram parte do CC e do BP cometeram erros, e, enriqueceram com actos de corrupção, se for para fazer justiça, ninguém no MPLA irá ficar de fora das grades, com excepção de poucos. Dever – se – ia reconciliar o Partido, reabilitar a imagem de JES, parar de fazer de JES o banco a depositar todas as culpas. Angola tem mais de 320 multimilionários, e perto de 6 ou 8 bilionários, porém, entre os bilionários e multimilionários, somente Isabel, Zeno, Higino Carneiro, Augusto Tomas estão às contas com a justiça, Zé Maria por conseguinte, não cometeu crime algum, foi – lhe forjado um crime, que desde o ponto de vista legal, não se constitui num crime. Como pode um País que produziu mais de 300 milionários e bilionários de maneira ilícita estar preocupados de forma intensa em julgar apenas alguns e fazer outros inocentes?

Segundo o wickpédia, as expressões guerra psicológica, operações psicológicas, guerra política, guerra de nervos, guerra fria e conquista de corações e mentes fazem referência a várias técnicas militares ou políticas de combate usadas para influenciar sem uso da força os valores, crenças, emoções, motivações, raciocínio ou comportamento de uma ou mais pessoas visando objectivos estratégicos policiais, de guerra, ou políticos. Tais técnicas costumam ser usadas para induzir confissões ou reforçar atitudes e comportamentos. Às vezes, são combinadas com operações de Guerra Não Convencional e às operações de falsa bandeira. O público-alvo pode ser governos, organizações, grupos e indivíduos. Segundo o Exército Brasileiro “guerra psicológica” (ou Op Psico) define – se como procedimentos técnicos especializados, operacionalizados de forma sistemática, para apoiar a conquista de objectivos políticos e/ou militares, desenvolvidos antes, durante e após o emprego da Força, visando a motivação do públicos-alvo amigos, neutros e hostis a atingir comportamentos desejáveis.

É de facto esse estilo de guerra que foi imposta pelo actual regime como meio de conquistar os corações do povo angolano e criar um impacto na governação. Na verdade a técnica imposta por JLO visa sujar a imagem de JES e atrair os angolanos à transformá – lo no único indivíduo capaz de mudar o destino do País. E esse facto tem vindo a resultar, hoje, muitos já afirmar que JLO é o único no seio do MPLA que quer mudar o País. Desde logo, o MPLA está mais depreciado que nunca e JLO mais sublimado que nunca.

O objectivo da guerra psicológica é fazer com que a maioria do eleitorado esteja ao seu alcance em 2022, porém, isso nem com um milagre efectivar – se - á. Recentemente alguém havia afirmado que foi JES quem orientou a JLO que sacrificasse a sua família para salvar o MPLA. Mas na verdade, isso não corresponde ao evidente, se fosse, não teria sofrido tanto com a prisão do filho – varão ao ponto de perder quase a própria vida. Não ter – se – ia exilado na Espanha há longos meses. Não teria estado quase num espírito de depressão face ao evidenciado em torno da sua figura. Sabe – se hoje, que, JLO, impôs uma guerra psicológica como meio de conquistar os corações dos angolanos, apagar a imagem de JES, e, se tornar no novo timoneiro do povo angolano, rumo à terra prometida. Porém, tal plano tem vindo à mostrar – se ser bastante desastroso, sem resultados plausíveis, face ao aspecto da vida social do povo angolano que deteriora dia - pós – dia.

A pergunta que ficará por ser respondida é a seguinte: “quando é que o MPLA de JLO se recordará do Arquitecto da paz? Do timoneiro da reconciliação nacional e da reconstrução nacional?”

Pelo que se sabe, esse grande Patriota, não merece aos nossos dias, nenhuma forma de exaltação, de dignidade e honra por parte do MPLA de JLO. De recordar que no dia 28 de Agosto de 2018 (dia do aniversário de JES) o Presidente da República, embora esse dia tenha sido uma sexta – feira, aproveitou para dar conselho de Ministros no Huambo. No dia 4 de Abril de 2019, dia da paz, ninguém falou sobre JES, JES permaneceu nesse dia, completamente esquecido. JLO aproveitou esse dia para um encontro diplomático com Putin na Rússia. São marcas de desprezo à imagem de JES e tantos. Rafael Marques o grande opositor de JES, hoje se tornou no grande defensor de JES. JES vs JLO fazem – nos lembrar o fogo e a água. O frio e o calor. O amor e o ódio. Um é antónimo do outro. JES e Jonas Savimbi nunca se entenderam, e hoje, JLO enaltece Savimbi como se este fosse um herói. JES nunca foi amigo da UNITA. JLO é amigo da UNITA, até já é citado em discursos de Samakuva. Dois líder oposto. Se um vai à direita, o outro vai à esquerda. Se um vai ao céu, o outro vai ao inferno, se um mergulha da água o outro prefere expor – se ao sol. Um é completamente contrário ao outro. Porém, para saúde social do País, JLO não deveria persistir com tal guerra que nada dá ao País, senão apenas sofrimento desmedido ao povo angolano.

Diz – se que, o clã dos Santos, constitui – se na única família que destruiu o País. Porém, a verdade tem outra cor e um outro sentido, não é o clã dos Santos quem destruiu o País, foi o actual Governo, que era também o anterior Governo, com excepção de algumas figuras, quem destruiu o País. Não é verdade, eles (o clã dos Santos) não são os únicos que se beneficiaram neste País, em Angola formaram – se variados multimilionário e bilionários, todos à custa do Estado angolano. Porque é que somente os dos Santos devem ser perseguidos, torturados psicologicamente, congeladas as contas e constituídos arguidos? Se o País está cheio de multimilionários forjados à custa do Estado angolano?

Lista dos angolanos bilionários, multimilionários e milionários (muitos dos quais possuem de menos de 4 biliões de dólares à mais de 4 biliões de dólares, outros possuem de menos de cem milhões de dólares à mais de cem milhões de dólares):

Abraão Gourgel,

    Adolfo Razoilo,

Aguinaldo Jaime,

Abilio Sianga,

Albina Assis,

Alcides Safec,

Aldemiro Vaz da Conceição, 

Alexis Baygamb,

Alvaro Carneiro,

Álvaro Madaleno Sobrinho,

Álvaro Carneiro,

Alvaro Sobrinho,

Amadeu Mauricio,

Amaro Taty,

Ambrosio de Lemos (ex – Comandante Geral da PN),  

Anabela Fonseca,

Ana Dias Lourenço (Primeira Dama da República),

Ana Paula Cristóvão Lemos dos Santos (ex – Primeira dama da Repúplica),

Ângelo da Veiga Tavares,

Ango Real,

Aníbal Rocha,

Antonio Burity da Silva,

Antonio Faceira,

António Furtado (General),

António Mosquito,

Antonio Paulo Kassoma,

Antonio Pitra Neto,

António Vandúnem,

Archer Mangueira,

Aristides Frederico Safeca,

Armando da Cruz Neto (General),

Armando Manuel,

Armindo Cesar,

Augusto Tomás,

Baptista Sumbe;

Bartomeu Dias,

Bento Kangamba,

Carlos Alberto Lopes,

Carlos Feijó,

Carlos Cunha,

Carlos Hendrick Vaal (General),

Carlos Panzo (General),

Carlos Silva,

Carolina Cerqueira,

Chimuco Chikoil,

Cirilo de Sá,

Desidério Costa,

Domingos dos Santos,

Dumilde das Chagas Rangel,

Edeltrudes Costa;

Eduardo Leopoldo Severim de Morais,

Elisio de Figueiredo,

Fátima Roque,

Fatima Jardim,

Faustino Muteka,

Fernando Borges,

Fernando da Piedade Dias dos Santos (Nandó).

Fernando Garcial Miala,

Fernando Mendes Teles,

Flávio Fernandes,

França Ndalu (General),

Francisca Espírito Santo,

Francisco de Lemos José Maria,

Frederico Cardoso,

Generoso de almeida,

Gomes Maiato,

Gonçalves Muandumba,

Hélder Vieira Dias Copelipa,

Higino Carneiro,

Hendrick Vaal da Silva,

Hugo Pêgo,

Hugo Pêgo,

Ilda Jamba,

Isaac dos Anjos,

Isabel dos Santos;

Ismael diogo,

Jaime Freitas,

João Alves Andrade,

João Baptista Borges,

João Bernardo de Miranda,

João Eduardo dos Santos,

João Ernesto dos Santos "Liberdade",

João Lorenço (Presidente da República),

João Manuel Inglês,

João Maria de Sousa,

João Paulo Tomás,

Joaquim David,

Joaquim Sebastião,

Job Capapinha,

José Carvalho da Rocha,

José de Lima Massano,

José Leitão,

José Manuel Sequeira;

José Maria Botelho de Vansconcelos,

José Maria dos Santos,

Jose Recio,

José Paiva (N”vunda),

José Pedro de Morais,

José Pedro de Morais Júnior;

José Severino,

José Tavares,

José Van-dunem,

Jú Martins,

Luis Faceira (General),

Juliao Mateus Paulo Dino Matross,

Kapunga (Deputado do MPLA),

Kundi Payama,

Leopoldino do Nascimento (General Dino),  

Lyis Ferreira do Nascimento José Maria,

Lopo do Nascimento,

Luciano Cachaca Kumbua,

Ludy Kissassunda,

Lourenço Duarte,

Lukeny Hendrick Vaal Neto,

Luis Cupenala,

Luís da Fonseca Nunes,

Luiz Paulino dos Santos,

Madeira Torres,

Manuel Neto da Costa,

Manuel Nunes Júnior,

Manuel Vicente;

Maria Mambo Café,

Mario A Palhares,

Manuel António Rabelares,

Mário António,

Manuel Filipe Dias dos Santos,

Mário Pizarro,

Mateus Neto,

Mello Xavier,

Minoru Dondo,

Mirco Martins;

Mosquito Mbakassi,

Neto Costa,

N’gunu Tiny,

Noe Baltazar,

Noelma Viegas de Abreu,

Paixão Franco,

Paixao Júnior,

Paulo Pombolo,

Pedro Mutinde,

Pedro Neto (General),

.Pedro Sebastião Teta;

Pierre Falcone (representante de Angola na UNESCO em 2003),

Pinto Conto,

Policarpo Pinto,

Ramalho (ex - secretario geral do Ministerio da Saude), Raul Coimbra,

Ramos da Cruz,

Ricardo Viegas de Abreu,

Riquinho Santos Bikuku,

Roberto de Almeida,

Roberto Leal Monteiro (General),

Rui Santos,

Sachipengo Nunda (General),

Salomão Xirimbimbi,

Sebastião Lavrador,

Sebastião Gaspar Martins,

Sebastião Lavrador,

Segunda Amoes,

Sianga Abilio,

Silva Neto,

Sílvio Alves Madaleno,

Silvestre Tulumba (empresário angolano),

Simão Junior,

Sumbula (ex - PCA da Endiama),

Toninho Van-dunem,

Tomas Domborsky,

Valentina Felipe,

Valter Silva,

Walter Felipe,

Walter Rodrigues,

Zeferino de Morais, etc… etc… etc… etc… etc…

A lista é enorme, muitos dos quais não foram mencionados, pois que, são mais de 300 indivíduos.

Não se percebe por onde parte o excessivo ódio contra os dos Santos, se Angola possui imensos milionários, multimilionários, bilionários e multibilionários que forjaram as suas riquezas a custa do Estado Angolano. Se, de facto, o Presidente da República General João Lourenço quer ser justo, deveria investigar todos os multimilionários e bilionários e processá – los criminalmente por terem lesado o Estado angolano, incluindo membros de sua própria família, porque sabemos que todos quanto são multimilionários ou bilionários em Angola não se tornaram à sua sorte, tornaram – se à custa do Estado angolano.

Por João Henrique Hungulo

Bem – haja!

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