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Quarta, 01 Janeiro 2020 16:21

Carta Aberta a V.Ex.ª. PR João Lourenço, Apelo ao fim da Vasectomia aos Angolanos

Vossa excelência Senhor Presidente, venho por este intermédio Parabenizar-lhe pela maneira como tem conduzido os destinos da Nação, principalmente em colocar no coração dos Angolanos a Esperança de um amanhã melhor e ter a coragem de dirigir Angola num momento muito difícil, com o projecto da luta contra a corrupção e contra a desordem nas instituições públicas e não só.

Angola, Vossa Excelência Sr. Presidente vive momentos de Esperança e nós apoiamos o seu trabalho e vamos contribuir com o nosso saber para que o nosso País seja visto no contexto das Nações como uma nação onde existe Ordem e também responsabilidades.

Vossa excelência Senhor Presidente  através desta Carta aberta solicito respeitosamente sua intervenção, para colocar um fim à esterilização em massa de centenas de jovens Angolanos, impossibilitando-os de terem o direito básico e humano de terem filhos e constituírem família na sua própria terra. Sem no mínimo terem a possibilidade de recorrerem às autoridades policiais ou jurídicas, com medo de sofrerem represálias e diversos tipos de punição ou acções disciplinares. 

Vossa Excelência eu fiz parte do clero da igreja universal, fiz parte de um pequeno grupo dos primeiros obreiros desta mesma instituição, conhecemos ela por dentro e por fora. Lamentavelmente fomos pressionados para fazer a Esterilização na África do Sul, não se tratava de sugestão, mais de uma ordem superior da liderança máxima da Organização. E que depois de feito a vasectomia - estava consumado a alegria no rosto dos líderes estrangeiros que governam ou governaram a igreja, Mas no mais profundo da alma dos Jovens Angolanos Pastores e pastores auxiliares, começava o mais difícil martírio de nunca mais poder ter um filho ou uma filha nos seus braços, e a condenação mental e espiritual de haver obedecido uma lei incontestável por um lado e por outro lado começava a tortura destes jovens pastores e esposas de ser um eunuco forçado. A igreja tem violado a Declaração Universal dos Direitos Humanos de um ser poder ter a consciência tranquila de ter filhos sem pressão de nenhuma índole.

Vossa excelência Senhor Presidente dia 28 de Dezembro de 2019 completamos um mês desde que o colectivo de obreiros, pastores e Bispos Angolanos onde consta o Bispo Valente e outros pastores patriotas cansados com os abusos de poder contra a nação Angolana contra a vida e integridade dos mesmos fizeram a entrega a PGR de um manifesto onde consta as reivindicações e o relato de várias acções criminosas contra a soberania da nação Angolana, dentre eles: A urgente cessação da Vasectomia. Que podemos considerar como um acto de Genocídio contra a família Angolana, contra estabilidade e a felicidade das famílias. Acto de Genocídio condenável e contra a violação dos direitos humanos. Impossibilitando as mulheres dos pastores de poderem procriar e deixarem um legado para o porvir.

Vossa excelência Senhor Presidente este direito básico e elementar tem sido violado constantemente, deixando a família Angolana, com marcas, mazelas e problemas psicológicos de vária índole. Senhor Presidente,  Martin Luther King, Jr., quando defendia os direitos das pessoas de cor nos Estados Unidos durante a década de 1960, declarou: “Uma injustiça em qualquer lugar é uma ameaça para a justiça em todo o lugar.” E  também,   Thomas Jefferson, a fonte de inspiração e autor da Declaração da Independência Americana, declarou que “Devemos ter muito cuidado com a vida humana e sua felicidade, e não a destruição dela, pois este é o primeiro e único objectivo da boa governação.”

Vossa excelência Senhor Presidente, Será que existe algum plano secreto desta organização ou igreja de exterminar e destruir a família Angolana  com estas práticas de Esterilização (vasectomica) em massa de jovens Angolanos, será que eles querem exterminar com a sequência, a continuação e a procriação da família Angolana, perguntamos.

Vossa Excelência Senhor Presidente, existem diversos casos sobre esta matéria nos órgãos de judiciais referente a esta situação da esterilização massiva, que já é de domínio público, e que os tribunais em várias instâncias exigem e têm exigido o pagamento de caução e até indemnização a muitos ex-pastores desta organização.

Para terminar Vossa excelência Senhor Presidente pedimos que use das suas prerrogativas de acordo a constituição vigente na República de Angola para terminar com esta prática de Genocídio em massa contra a Juventude Angolana, contra os pastores Bispos e membros do clero desta organização/Instituição. Que a sociedade civil organizações não governamentais, organismos internacionais, estejam mobilizados para em conjunto terminar com este genocídio de pacatos cidadãos que têm sido submetidos a estas práticas. 

Esperamos de Vossa Excelência Senhor Presidente e dos membros do executivo os melhores ofícios para que a alegria de um jovem pastor e uma jovem Angolana esposa, possa ter o direito humano de poder conceber com liberdade, e com humanismo dentro ou fora do seu próprio País. Vossa Excelência Senhor Presidente da República, General João Manuel Gonçalves Lourenço, esperamos que esta carta aberta seja também um chamado para a conscientização da sociedade civil.  Queira Vossa Excelência aceitar os meus melhores comprimentos de Alta e Elevadíssima consideração.

Benny Pinheiro

Ex-Membro do clero, Oficial Militar na Reserva.

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