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Terça, 19 Janeiro 2016 11:58

Empresa ligada a Isabel dos Santos compra Casa Manoel de Oliveira por 1,58 milhões de euros

Para o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, a venda da casa é “mais do que um alívio” porque “existia uma preocupação grande” por estar “ao abandono”

A Supreme Treasure, Ldª empresa a Isabel dos Santos comprou esta segunda-feira a Casa Manoel de Oliveira, no Porto. O edifício, desenhado há duas décadas pelo arquiteto Souto de Moura e idealizado para acolher o espólio do cineasta, esteve pela segunda vez em hasta pública, sendo vendido por 1,58 milhões de euros.

Inicialmente, o nome do comprador não foi confirmado, mas o Expresso apurou tratar-se da Supreme Treasure, Lda.. Um dos seus principais responsáveis é Mário Leite da Silva, braço-direito de Isabel dos Santos para os negócios europeus.

Em maio do ano passado, - aquando da inauguração da exposição “You love me - You love me not” -Sindika Dokolo, marido de Isabel dos Santos, colecionador de arte e empresário, pareceu estar interessado na Casa de Manoel de Oliveira, com o objetivo de centralizar aí a sua Fundação, que visa promover as artes e festivais de cultura, nas suas relações com a Europa.

Na altura estiveram no Porto vários membros da direção da Fundação, tendo sido mostrado potencial interesse em participar num leilão que viesse a efetuar-se. Sindika Dokolo já estabeleceu algumas parcerias com a Câmara do Porto.

Para o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, a venda da casa é "mais do que um alívio" porque "existia uma preocupação grande" por estar "ao abandono", pelo que "além do interesse monetário" da venda também é resolvido "um problema de reabilitação".

"É uma casa da autoria de Souto de Moura, portanto tem desde logo um impacto relevante na cidade do ponto de vista arquitetónico, e era um ativo que estava perdido porque o uso para que foi concebido nunca foi concretizado, e não foi com certeza por culpa da Câmara Municipal", disse Rui Moreira, citado pela Lusa.

Nesta segunda hasta pública, o valor base de licitação envolvia o conjunto das duas frações do imóvel (habitação e equipamento cultural), em vez de diferenciar um montante para cada uma, como tinha acontecido antes.

De acordo com informação da Câmara, trata-se de um edifício de 160 metros quadrados de área coberta distribuídos por uma cave, rés-do-chão e primeiro piso, e 1800 metros quadrados de "área descoberta". A isto soma-se uma segunda fração, também com entrada pelas ruas Viana de Lima e de Bartolomeu Velho, composta por "cave, entrepiso, rés do chão e dois pisos", com 98 metros quadrados de área coberta e 152 metros quadrados de área descoberta.

Expresso

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