O embaixador de Angola disse hoje que a intenção dos ativistas, agora detidos, era “provocar uma intervenção da NATO” no país. No tempo de antena da SIC, Miguel Sousa Tavares não teme nas palavras e diz imediatamente que o embaixador “parece uma cabecinha oca”.
“Porque dizer que eles foram presos porque ia haver uma marcha, e em consequência da marcha a polícia tinha que disparar sobre crianças, mulheres e idosos é reconhecer que a polícia angolana é capaz de fazer isso numa marcha pacífica”, explica.
“Segundo o embaixador, eles foram presos para evitar que a política matasse. Isto é um argumento absolutamente extraordinário”, ironiza, dizendo que tais palavras não são “características de um país democrático”.
No ver do jornalista, “mais lastimável que a violência sobre os direitos humanos, é o Estado angolano assumir que a sua fraqueza é tamanha que isto deve ser tratado como uma ameaça”.
Considerando que “Angola está a dar chutos nos próprios pés”, Miguel Sousa Tavares considera que este episódio, que descreve como “lastimável”, “mostrou até que ponto vai a sua intolerância contra qualquer discordância”.
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