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Quinta, 22 Outubro 2015 20:46

Embaixador Marcos Barrica volta a criticar "diabolização" de Angola

Lisboa - O embaixador de Angola em Portugal, José Marcos Barrica, voltou a condenar, nesta quarta-feira, em Lisboa, a "insistente diabolização de Angola" por parte de alguns "sectores maléficos" da sociedade portuguesa.

 “O problema do activista Luaty Beirão apenas é um pretexto para se fazer ressurgir aquilo que em Portugal sempre se pretendeu: diabolizar Angola”, disse o embaixador Marcos Barrica, durante uma cerimónia de comemoração de dez anos do Jornal “Mwangolé”, produzido pela Embaixada de Angola em Portugal.

Sobre a situação em Angola, Marcos Barrica lamentou assistir, hoje, em Portugal, “uma campanha de denegrir a imagem de Angola e abafar as suas conquistas alcançadas ao longo dos 40 anos de independência, por causa de um jovem, que em Portugal é mais falado que o Papa”.

De acordo ainda com Marcos Barrica, “este grupo de jovens está detido em Angola por razões de Estado, e não se pode ver a árvore, sem verificarmos a floresta, não indo ao fundo do problema”.

“O processo judicial dos referidos cidadãos corre os seus trâmites, em conformidade com a legislação angolana, não havendo qualquer excesso de prisão preventiva e situações de tratamento desumano aos implicados”, disse.

Marcos Barrica reafirmou que “fiel aos bons costumes e ao princípio de não ingerência, jamais Angola ousou questionar ou exercer pressão de qualquer espécie sobre decisões de entidades portuguesas, por constituírem assuntos internos deste Estado soberano”.

Criticou ainda os “inúmeros” pedidos ao Presidente da República a fim de “mandar soltar” o referido grupo, o que constituiria uma violação ao princípio da separação de poderes constitucionalmente consagrado em Angola.

“O Presidente da República não pode fazer o papel que cabe aos tribunais, interferindo no tratamento de matéria sob a alçada do poder judicial, do qual se espera transparência, imparcialidade e cumprimento dos prazos consagrados na lei”, adiantou o embaixador angolano.

Sobre o Jornal “Mwangolé”, que este ano passou para semanário, Marcos Barrica considerou “produto apreciável e apetecível”, num contexto que se tem tornado útil na defesa dos interesses de Angola e das suas comunidades em Portugal.

“As edições impressas ainda se constituem importantes, apesar das redes sociais, porque o acesso destas ainda sofrem limitações para as nossas comunidades”, disse Marcos Barrica.

“De trimestral, o Jornal Mwangolé passou a semanário, mas teve algumas perturbações nos últimos dias pela conjectura que o país vive, o que tem originado certo atraso na sua publicação”, disse Marcos Barrica, reafirmando, porém, que “vamos dar a volta à situação”.

ANGOP

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